O paraense Heyder, ex-jogador de Inter, Cruzeiro e Flamengo, faleceu nesta terça-feira (23). Aos 61 anos, ele foi vítima de complicações causadas pelo coronavírus. O ex-atacante estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Campanha do Hangar, em Belém-PA, desde a semana passada.
No Inter, Heyder Abas Palheta vestia a camisa 7 e atuava pela ponta direita. Foi trazido em 1987 e era titular do técnico Ênio Andrade. Depois, sob o comando de Abel Braga, chegou ao vice-campeonato Brasileiro de 1988. Na Libertadores de 1989, após marcar dois gols e ter duas grandes atuações contra o Peñarol-URU, pelas quartas de final, foi comparado a Garrincha pela imprensa uruguaia.
— No Beira-Rio, goleamos por 6 a 2. Em Montevidéu, vencemos novamente, dessa vez por 2 a 1 — contou Heyder em entrevista ao GE em 2013.
— Foi uma satisfação muito grande. Cheguei a Porto Alegre com moral. Guardo até hoje o jornal da época com essa comparação.
— O Abel adorava ele. Os companheiros sempre lembravam dele pela velocidade, habilidade e grande figura que era — relembra o colunista de GZH José Alberto Andrade, repórter da Rádio Gaúcha na época em que Heyder atuou pelo Inter.
Heyder cresceu como torcedor do Remo, mas começou a carreira no rival Paysandu, onde jogou entre 1978 e 1981. Depois, passou por Sport, Náutico, Flamengo, Vitória e Bahia, antes de chegar ao Colorado.
Edu Lima, companheiro de Heyder no Inter no final dos anos 1980, lamentou a morte do ex-colega através do Twitter.