
João Lucas, 18 anos, jogador do Inter, começou como meia e atuava como centroavante na base antes de virar volante. A adaptação dentro de campo é só mais uma na vida deste estadunidense filho de brasileiros. Até o próprio nome ele deixou de lado na trajetória da bola.
No empate em 1 a 1 com o Palmeiras, na quarta-feira (2), o torcedor colorado começou a conhecer Johnny. Ele foi o melhor passador da partida e se mostra confiante para novas chances no time titular. O garoto deve ter sequência, já que Lindoso segue lesionado e Musto está com covid-19.
— É a posição onde consigo desempenhar melhor — opinou, em entrevista ao Show dos Esportes desta sexta-feira (4), explicando:
— Com a chegada do Fabio Mathias na base, a quem eu devo muito, porque ele que apostou em mim, veio a possibilidade de jogar como volante. Meio ano com ele me fez aprender muito, tive uma evolução gigantesca nessa função, e foi o que me fez chegar ao profissional.
Johnny nasceu em Denville, Nova Jersey, cidade vizinha a Nova York, apenas nove dias depois do atentado às torres gêmeas em 11 de setembro de 2001. O volante vai completar 19 anos de idade no próximo dia 20, mas já experimentou convocação para a seleção de base dos Estados Unidos. Mesmo assim, ainda há a chance de ele naturalizar-se brasileiro para buscar seu lugar no escrete pentacampeão.
— Acho que agora não é o momento dessa decisão. Meu foco é o inter, mas claro que a gente trabalha com sonho de um dia jogar na seleção — ponderou, comentando o contato do técnico norte-americano que o descobriu e convocou:
— É curioso porque às vezes a gente acha que não tem ninguém olhando. Trabalhei bastante, no silêncio, procurando fazer minha parte sem baixar a cabeça, e sempre sonhando alto. Sabia que com o trabalho chegaria onde eu sempre sonhei. Mas ainda é o começo, vem mais por aí.