O Inter está acertado com Lucas Ribeiro. O zagueiro de 21 anos estava no Hoffenheim, da Alemanha, e acertará contrato de empréstimo com os colorados até o final de 2021. O jogador chega a Porto Alegre para suprir uma provável saída de Bruno Fuchs para a Europa, com características de saída de bola que agradam a Eduardo Coudet.
Lucas Ribeiro surgiu em 2018, no Vitória, com Paulo César Carpegiani. O treinador sofria com falhas do sistema defensivo do rubro-negro e viu no garoto que disputava o Brasileirão de Aspirantes qualidades que poderiam auxiliar o elenco principal.
— O Lucas é um menino que reunia ótimas condições de jogar. Ele é técnico e de bom porte, mas que jogou muito pouco. Ele foi vendido rapidamente por um valor muito grande. Por ter jogado na Europa, ele tem grandes qualidades e excelentes condições. Eu acredito que primeiramente ele vem para compor o grupo e pode ser, no futuro, um grande jogador para o Inter — destacou Carpegiani.
Vitor Villar, repórter do jornal Correio, na Bahia, acompanhou o surgimento do garoto que também disputou o Sul-Americano Sub-20 com a Seleção Brasileira. De acordo com o jornalista, Lucas Ribeiro é um atleta de saída qualificada, personalidade e muita velocidade.
— Ele é um jogador muito frio, que não sente a pressão facilmente. Ele é um zagueiro técnico, não é um jogador de força. Ele tem um desarme apurado e trata bem a bola. É um jogador que tem um tempo de antecipação muito bom e velocidade. Ele precisava melhorar um pouco a força e o jogo aéreo, apesar de ser alto — destacou Villar.
O zagueiro tem 1m90cm e não foi muito aproveitado na Alemanha. Ele foi a maior venda do Nordeste até o ano de 2019. Na época, o Hoffenheim pagou cerca de 4 milhões de euros pelo defensor. Na atual temporada, foram apenas três partidas. Duas dela, jogando improvisado. Ele também pode atuar como primeiro volante.
— Ele fez só dois jogos na Bundesliga, entrando no segundo tempo, nunca atuando como zagueiro, e marcou um gol. Em um deles, na estreia, contra o Borússia Mönchengladbach, ele entrou no final do jogo no lugar do atacante e fez o gol de empate em 1 a 1. Ele jogou improvisado. No outro jogo, o Hoffenheim tomou 6 a 0. Neste, ele atuou como volante. Não dá para tirar uma base dele jogando na Alemanha — disse Mário André Monteiro, do site Alemanha FC, que completou: — O Hoffenheim tem uma prática de contratar jogadores jovens e desenvolver no futuro. Mas, no futebol alemão, foi uma passagem relâmpago e que não deixa saudades.