O Inter tem uma disputa em aberto no meio-campo. Desde sua chegada ao clube, Eduardo Coudet vem demonstrado a sua filosofia de jogo, tendo como pilar defensivo a presença de um volante em frente aos zagueiros responsável pela saída de jogo.
Homem de sua confiança, desde os tempos de Rosario Central, Damián Musto foi contratado pelo Inter no começo desta temporada para ser esse jogador. Porém, devido às atuações abaixo da expectativa e os inúmeros cartões amarelos recebidos, abriu-se uma disputa pela titularidade.
No Inter desde 2019, Rodrigo Lindoso começou o ano como titular, junto ao argentino. Porém, com o passar da fase eliminatória da Libertadores, e a escalação de apenas um volante mais marcador, o atleta foi para o banco. Entretanto, nas últimas partidas, vem sendo titular e tem auxiliado o Inter com boas apresentações diante de Coritiba e Santos.
Com isso, a pergunta que fica é: quem será o titular do Inter? Musto, homem de confiança do treinador, ou Lindoso, que vive melhor momento? Diogo Olivier, comentarista da Rádio Gaúcha e colunista de GaúchaZH, acredita que, pelo o que vem sendo apresentado dentro das quatro linhas, a posição já tem dono.
— Pela verdade do campo, deveria ser Lindoso. A ótima atuação coletiva contra o Santos, qualificando a saída de bola com os zagueiros, indica que Musto deve esperar a vez. Quem sabe uma temporada no banco até ajuda o argentino a voltar melhor quando a chance aparecer? — comentou.
Na mesma linha, Leonardo Oliveira, comentarista da Rádio Gaúcha e colunista de GaúchaZH, explica os motivos que fazem com que Lindoso seja o titular de Coudet.
— Com Rodrigo Lindoso veio junto uma mudança na saída de bola do Inter. O que torna ainda mais significativa a troca. Lindoso, pelo menos neste jogo contra o Santos, não recuou tanto para buscar a bola atrás do zagueiros e, partir disso, começar a jogada. Por vezes, com Lindoso mais à frente, eram Fuchs, Cuesta, centralizado, e Moisés, recuando para fazer a linha de três, quem davam a saída. Lindoso tem melhor passe, joga menos no limite na hora de defender e, pelo que me pareceu, encaixou melhor nessa mudança implementada por Coudet na mecânica do time desde a defesa — finalizou.