Eduardo Coudet perdeu dois jogadores ofensivos do Inter no momento em que a direção busca ampliar o número de atacantes no plantel. Após o artilheiro Paolo Guerrero se machucar, os reservas William Pottker, Yuri Alberto e João Peglow estão indisponíveis por lesão e covid-19. Em entrevista ao canal Vozes do Gigante, no YouTube, nesta terça-feira (27), Chacho afirmou que ajuda diretamente na busca por alternativas de reforços.
— Eu telefono para todos os jogadores que quero, sem mentira. Todos que se possa imaginar — revelou, bem humorado, garantindo:
— Vou deixar o Taison doente de tanto incomodá-lo até que ele venha. Posso dizer ao torcedor do Inter que ele vai vir. Sei quando falo com alguém e essa pessoa está convencida a voltar. Tem que respeitar o tempo de contrato com o time e tudo mais, mas, na dúvida, quando faço minha rotina de ligações a jogadores, tento ele sempre.
Questionado sobre a situação do compatriota Messi, que quer deixar o Barcelona, Coudet sorriu.
— Já disse que estamos com o orçamento apertado — brincou.
O Inter terá nove partidas em setembro (seis rodadas do Brasileirão e três do grupo E da Libertadores). Coudet ressalta que a situação já era difícil antes das baixas no ataque confirmadas nesta quinta. No jogo contra o Botafogo, marcado para o sábado (29), o único atacante disponível será o meia Thiago Galhardo.
— Somos um plantel curto e está difícil, eu diria muito difícil. Mas temos de trabalhar e buscar soluções, porque se ficarmos lamentando e não buscamos solução fica ainda mais difícil — admitiu, projetando com otimismo:
— Precisaremos que a sorte nos acompanhe em algumas coisas.
Líder do Brasileirão, Coudet é constantemente questionado sobre a utilização de jogadores que tenham subido da base. Assim como em entrevistas coletivas, o técnico argentino reforçou sua preocupação quanto à escalação dos garotos, por não querer depositar mais responsabilidade do que eles podem corresponder.
— Não é fácil para os jovens, tem uma diferença entre o sub-20 e a Série A. Precisa de uma adaptação, há uma diferença física abismal, uma diferença nos treinos. Não tanto técnica, mas sim na velocidade. É preciso explorar a técnica na velocidade da primeira divisão.
— Peglow pôde jogar, e agora o perdemos em um momento em que teria muita chance, e já estava com um ritmo de Primeira Divisão.
Coudet diz que Peglow teve resultados de exames físicos ruins após a partida contra o Atlético-GO. Acrescentou Praxedes à análise, alertando que ambos precisam “se soltar” mais em campo, e que estão avançando neste sentido:
— Vão arriscar jogadas e mostrar suas características quando estiverem mais confortáveis nas partidas.