
D'Alessandro e Eduardo Coudet foram notificados da denúncia da procuradoria do TJD-RS na noite da última terça-feira (28). Segundo o Inter, a estratégia do jurídico terá de correr contra o tempo. Afinal, o prazo máximo do tribunal para que a defesa e testemunhas sejam apresentadas é nesta quarta-feira, às 22h.
— Estranhamos termos sido intimados ontem (terça-feira, 28), após as 22h, bem como a concessão do prazo exíguo, de 24 horas, para indicarmos as provas que pretendemos produzir. Mas estamos preparando nossa defesa, que será apresentada no momento oportuno, visando os fatos considerados em sua inteireza, e devidamente enquadrados juridicamente — afirmou o vice-presidente jurídico do Inter, Gustavo Juchem.
O meia e o treinador foram denunciados pelos episódios ocorridos após a derrota no Gre-Nal 425. O camisa 10 foi flagrado chamando o presidente da Federação Gaúcha de Futebol, Luciano Hocsman, de "parcial". A dupla será julgada na próxima terça-feira, na Segunda Comissão Disciplinar do TJD-RS. D'Ale pode pegar suspensão entre 30 e 120 dias, e multa de R$ 100 a R$ 100 mil, enquanto o treinador corre risco de ficar fora de um a seis jogos.
A denúncia do TJD-RS enquadra D'Alessandro no artigo 243-C do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que menciona "ameaçar alguém, por palavra, escrito, gestos ou por qualquer outro meio, a causar-lhe mal injusto ou grave". Eduardo Coudet foi denunciado no artigo 258, que fala em "assumir qualquer conduta contrária à disciplina ou à ética desportiva não tipificada pelas demais regras deste Código".
Nos bastidores, o clube discorda da inclusão da inclusão do artigo 243-C, que fala em "ameaça". Internamente acredita-se que os argentinos não tenham de fato ameaçado o presidente da FGF e que o artigo seja demasiado para o ocorrido. Entretanto, o clube precisa correr contra o tempo para angariar testemunhas que tenham presenciado o caso.