Fernando Carvalho era o presidente do Inter quando o Colorado ganhou a Libertadores e o mundo pela primeira vez, e era o vice na conquista do bi continental em 2010. Ele diz que foi ao vestiário antes da decisão contra o Chivas, no México, na ida, e presenciou uma fala que lhe remeteu à de Fernandão na final do Mundial de 2006, contra o Barcelona.
— Glaydson pediu a palavra e fez uma manifestação emocionante e emocionado. Aquela postura que ele demonstrou, dizendo que era a chance da vida dele, que ele tinha que ganhar porque era a maior decisão que já esteve. Disse que mesmo sendo reserva ele confiava nos companheiros e que eles fariam tudo para entrar na história do Inter, porque seria uma honra pra eles — contou Carvalho, em entrevista ao programa Esporte e Cia, da Rádio Gaúcha, desta quinta-feira (18).
No vestiário de intervalo, entretanto, "nada de extraordinário" aconteceu. O placar foi aberto pelos mexicanos no último lance da etapa inicial. A motivação colorada seguiu inabalada.
— A questão anímica realmente acontece. Tomamos o gol no último minuto do primeiro tempo e podíamos voltar afetados, mas não afetou. No retorno para o segundo tempo, vimos com clareza que ia permanecer aquele espírito e aquela organização —analisa, elogiando a organização e a constância dos jogadores comandados por Celso Roth na decisão.
Apesar da vitória de virada por 2 a 1 sobre o Chivas, e a "atuação maravilhosa, que acabou se tornando o primeiro passo para o título", segundo o dirigente, o gramado sintético do então recém inaugurado estádio Omnivision preocupava Fernando Carvalho:
— Não sabíamos como os jogadores iam se deparar com isso na decisão. Já havíamos jogado no São José, mas por ser uma final e saber que o material era de outra qualidade, a gente temia muito.