O goleiro ex-Inter Renan estava no elenco campeão da Libertadores em 2006, mas não atuou. No segundo título, em 2010, ele era o titular. Dez anos depois, nesta quarta-feira (17), ele conta que buscou ativamente o retorno a Porto Alegre assim que soube da chance. Renan queria sentir de novo aquela emoção da competição continental:
— Tinha a possibilidade de eu voltar ao Inter. Busquei isso para conquistar de novo a Libertadores, só que como titular. Era meu o sonho de criança. Tudo que ajudei fora de campo em 2006 queria fazer jogando em 2010.
Na semifinal contra o São Paulo, enfrentamento tido pelo técnico Celso Roth como "final antecipada" pelo nível dos dois times e o histórico da rivalidade, Renan falhou. O goleiro temeu pela realização do seu sonho, logo no momento em que a responsabilidade de ser titular era uma conquista e um peso a ser carregado.
— Tomei a decisão e, no meio do caminho, senti algum jogador próximo e mudei. Não fiz nem a decisão tomada, nem uma alteração. Goleiro tem disso, se não tomar a decisão certa, influencia na ação e no resultado do jogo — relembra, explicando o lance do primeiro gol paulista, quando ele saiu da meta para interceptar cruzamento, mas, sem socar nem encaixar a bola, deu rebote e o gol aberto.
Além dele, Rafael Sobis e Tinga também haviam vivido a primeira glória continental. Ele conta que a companhia dos campeões e o estádio Beira-Rio cheio, principalmente na final contra o Chivas, eram motivações a mais para a equipe:
— Na final todos tínhamos vontade de ou viver de novo, os que já estavam em 2006, ou colocar o nome na história.