No dia 7 de julho de 2012, centenas de colorados foram ao aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, para prestigiar o desembarque de Diego Forlán. A festa fazia jus ao atacante que, apenas dois anos atrás, havia sido escolhido o melhor jogador da Copa do Mundo de 2010, na África do Sul. Porém, do contrato de três temporadas assinado com o Inter, foi cumprida apenas a metade. Além disso, a relação acabaria conturbada — o jogador cobrou na Justiça uma dívida de R$ 8 milhões, que só foi quitada em 2018.
Forlán defendeu o clube gaúcho em 55 partidas, tendo marcado 22 gols. Foi até mesmo o goleador na conquista do Gauchão de 2013. Entretanto, esperava-se bem mais do melhor jogador do último Mundial. Na primeira temporada, chegou em meio ao Campeonato Brasileiro, pegando toda a turbulência da saída do técnico Dorival Júnior, efetivação de Fernandão e término melancólico sob o comando do interino Osmar Loss. Balançou as redes cinco vezes.
Em 2013, sob o comando de Dunga, fez um bom primeiro semestre. Além do título estadual, contribuiu para que o time chegasse à liderança do Brasileirão. Porém, veio mais uma troca de treinador, a eliminação na Copa do Brasil e, ao final do ano, o uruguaio virou reserva do garoto Otávio.
— Cada vez que vou para a seleção, perco três ou quatro jogos com o Inter. Quando o Dunga foi embora, chegou o Clemer, conversamos, e ele explicou que precisava dar continuidade ao time. Entendo a situação. Não é a primeira vez que acontece isso comigo. Respeito o treinador, e a minha relação com Clemer é muito boa. Ele tem outra escolha de jogadores. Não pelo baixo rendimento de Forlán. Isso que não gosto. Forlán não tem rendimento físico, já tem 34 anos, fisicamente não estava como antes, no início da temporada estava muito bem e que não tem jogado. Sei que esquecemos rápido, mas tão rápido? — protestou o jogador, que pediu para conceder entrevista coletiva e rebater as críticas.
A relação já estava conturbada. Por isso, quando o Cerezo Osaka, do Japão, apresentou proposta para levá-lo em janeiro de 2014, ninguém se opôs no Beira-Rio. O atleta ainda jogaria até 2019, passando por Peñarol, Mumbai City, na Índia, e Kitchee, em Hong Kong. No início deste ano, iniciou sua carreira como treinador em Montevidéu.