O técnico do Inter, Eduardo Coudet, decidiu passar as férias forçadas pela pandemia de coronavírus, em Buenos Aires, sua cidade natal. Apaixonado por dirigir, o treinador partiu de carro rumo à capital argentina no início de abril, percorrendo cerca de 1,3 mil quilômetros por 15 horas e cruzando a fronteira por Uruguaiana. Em casa, o comandante passa o período de isolamento social com a sua família e conversa com frequência ao telefone sobre a equipe colorada com o diretor-executivo de futebol Rodrigo Caetano.
— Eu converso com o Coudet pelo menos uma vez a cada dois dias. Afinal, o Inter não parou. Ele foi de carro até a Argentina com os seus assistentes e ficará lá até o dia 19 (véspera da data prevista para o fim das férias). Ele gosta mesmo de dirigir, é um hobby dele — sorri Caetano.
O gosto por pegar a estrada não é novo para Eduardo Coudet. Quando chegou a Porto Alegre para o início dos trabalhos da temporada, em janeiro, o treinador percorreu o mesmo trajeto de 15 horas da sua terra natal até a capital gaúcha de carro.
Nos tempos de Rosário Central, o comandante também gostava de ir a Buenos Aires nas folgas por via terrestre. Embora o trajeto seja bem menor (300 quilômetros percorridos em três horas), existem voos regulares de curtíssima duração entre as duas cidades.
— "Chacho" não é muito amante dos voos. Talvez seja por isso que ele prefira dirigir. Quando ele trabalhava no Rosario Central, ele ia para Buenos Aires sempre em seu carro. Nunca de avião. Ele sempre prefere dirigir do que voar — revela o jornalista Nacho Di Benedetto, da Rádio LT3, de Rosário.
Enquanto aguarda o momento de pegar mais de mil quilômetros de estrada novamente, Coudet aproveita o período de isolamento social para conviver mais com a família e também para calibrar ainda mais as suas ideias em busca de conquistar títulos pelo Inter em 2020.
Ou em 2021, dependendo de quando a atual temporada for encerrada.