O ano de 2019 já tinha sido especial para Johnny. Alçado ao elenco profissional do Inter, o garoto ganhou as suas primeiras oportunidades com Odair Hellmann. Um ano depois, o bom momento no futebol se manteve e ele passou a virar opção para o time titular com Eduardo Coudet, chegando a atuar alguns minutos na Libertadores.
— Eu passei por três técnicos neste meu primeiro ano como profissional (Odair, Zé Ricardo e Coudet). A forma do Coudet é diferente. A intensidade que ele pede é muito alta. Foi a maior diferença que eu senti. Não é à toa que a gente iniciou o ano com ótimos resultados (...) Lá nos Estados Unidos os técnicos também cobram bastante a parte técnica. Com a comissão argentina, é muita parte física. Isso só agrega. Quanto mais estilos diferentes, melhor — analisou o jogador que tem nacionalidade norte-americana e brasileira em entrevista ao programa Bola nas Costas, da Rede Atlântida.
Por enquanto, Johnny veste as cores dos Estados Unidos. Desde o ano passado ele é convocado para integrar a categoria sub-23 do selecionado e vivia a expectativa de disputar os Jogos Olímpicos. Por conta do surto de covid-19, o Pré-Olímpico das Américas do Norte e Central foi adiado. Mas e qual o desejo dele? Servir a seleção dos EUA ou do Brasil?
— Ainda não chegou este momento (de escolher onde jogar). Essa decisão tem de ser feita quando eu for convocado para participar de algum campeonato da Fifa, na seleção principal (...). É uma pergunta difícil, eu brinco aqui em casa que é como me perguntar se amo mais meu pai e minha mãe (risos). Eu foco no Inter, para ter bons desempenhos nos jogos. Se existir a possibilidade de ter que escolher entre as duas, é um ponto positivo. Quer dizer que estou desenvolvendo bem meu futebol. No ano passado, fui convocado para a sub-23 e treinei 10 dias em Miami — destacou.
No momento, o foco é o Inter. Inspirado em Rafael Sobis e D'Alessandro, o volante que começou a carreira como centroavante deseja ganhar espaço e fazer sucesso no Beira-Rio.
— Tive a oportunidade de jogar com Rafael Sobis e D'Alessandro. São dois jogadores que me espelho pela história que eles têm e pela experiência de atleta também. Eu subi para o time profissional no ano passado, foi tudo muito rápido. Mudei de posição rápido também. Eu comecei em 2018 jogando como centroavante e terminei 2019 como primeiro volante. Me encaixei muito bem como segundo volante, já que eu atacava e defendia bem — disse.
João Lucas de Souza Cardoso nasceu na cidade de Denville, em Nova Jérsei, nove dias após o atentado do 11 de setembro de 2001. Por isso, veio morar no Brasil com apenas três meses de idade. Por conta das convocações recentes, faz aulas de inglês semanais:
— É como diz o filme: meu nome não é Johnny (risos). É João!