Enfrentar uma etapa eliminatória antes da fase de grupos na Libertadores não é novidade para o Inter. Em 2012, o time do técnico Dorival Júnior encarou e venceu o Once Caldas, da Colômbia. Mas, nesta temporada, a dificuldade é maior. Bem maior. Não é apenas uma fase eliminatória: são duas. E a segunda, que começa nesta quarta-feira (19), é ainda mais desafiadora.
O Inter enfrenta a primeira de duas partidas contra o Tolima, clube da cidade de Ibagué, região central da Colômbia, no caminho entre a capital Bogotá e Armênia. O local é de difícil acesso e uma fortaleza para o time colombiano, que jamais tomou gol de clubes brasileiros em casa na Libertadores.
12 horas de deslocamento
Situada a cerca de 7 mil quilômetros de Porto Alegre e com população que gira em torno de 500 mil habitantes, Ibagué está 1,2 mil metros acima do nível do mar. A altitude não será problema para o Inter, que começa nesta segunda-feira uma viagem que vai durar 12 horas de deslocamento e 22 horas no total desde a partida do Aeroporto Salgado Filho até a chegada em Ibagué.
A logística do Inter prevê treinamento pela manhã em Porto Alegre e, às 15h, viagem em voo fretado saindo da Capital. No meio do caminho, ocorrerá uma parada técnica em Cuiabá-MT para reabastecimento, antes de chegar a Bogotá, capital da Colômbia. Todo este deslocamento está previsto para durar cerca de oito horas.
Em Bogotá, o Inter foi orientado a passar uma noite na cidade e, em seguida, fazer o deslocamento por via terrestre, devido às dificuldades apresentadas em voos para Ibagué e até mesmo em pousos e decolagens no pequeno aeroporto local. Serão quatro horas de ônibus para percorrer 200 quilômetros em uma estrada com muitas curvas e pista simples em boa partedo trajeto.
Meia do Grêmio na Libertadores em 2007, Tcheco esteve em Ibagué na partida contra o Tolima, na derrota por 1 a 0, pela fase de grupos daquele ano. Ele lembra o trajeto complicado para chegar à cidade:
— A viagem foi cansativa por causa das conexões. Uma logística muito ruim — ressaltou.
O Grêmio fretou um avião apenas para o trecho entre Bogotá e Ibagué, fazendo voos comerciais antes de chegar a Colômbia.
— Pegamos aquele avião com hélice nas asas. Na subida, perdemos dois jogadores e na descida mais uns três — diverte-se Tcheco, relatando o medo dos companheiros na viagem.
Em 2019, o Athletico-PR ficou no mesmo grupo do Tolima na Libertadores. O time paranaense executou uma logística parecida com a do Inter, mas não igual. O Furacão saiu de Curitiba para São Paulo e depois para Bogotá em voos de carreira. E também optou pelo trajeto até Ibagué de ônibus. Foram 10 horas em deslocamentos por terra e céu.