As dificuldades do Inter na bola aérea defensiva ganharam destaque na imprensa chilena. Ao apresentar os gaúchos, adversários da Universidad de Chile na Libertadores, os jornais de Santiago destacaram o fato de o time colorado ter sofrido diversos gols pelo alto no início da temporada. No entanto, sobram elogios às virtudes ofensivas da equipe de Eduardo Coudet.
"Dono de um jogo vertical e veloz, com Andrés D'Alessandro e Paolo Guerrero como emblemas, a equipe ainda não afinou toda a sua zona defensiva", escreveu o jornal El Mercurio, na edição desta segunda (3). Citando declarações do ex-zagueiro colorado Mauro Galvão, o diário recorda que, na vitória por 4 a 3 sobre o São Luiz, todos os gols do adversário foram de cabeça. "É uma fragilidade que pode ser aproveitada por La U", completa o periódico.
O mesmo jornal apresenta ainda uma entrevista com o vice de futebol colorado, Alessandro Barcellos, que falou sobre o ambiente de tensão que existe no Chile.
— Estamos atentos à situação social do país e prontos para jogar contra La U — declarou o dirigente.
Já o jornal La Tercera dá mais ênfase à violência que novamente afetou o futebol chileno no domingo. Com a manchete "terror no futebol", a publicação destaca os incidentes ocorridos na vitória da Universidad Católica por 3 a 2 sobre o O'Higgins. Antes e durante a partida, torcedores entraram em confronto com a polícia chilena e tentaram invadir o gramado do Estádio San Carlos de Apoquindo para suspender o jogo, sem sucesso.
Por conta do clima de tensão social, o jogo entre Universidad de Chile e Inter, na quarta, no Estádio Nacional, foi antecipado das 19h15min para as 18h, a pedido das autoridades chilenas. O objetivo é que a partida inicie e termine antes do anoitecer.
