O fim de ano não deve ser de anúncios para os colorados. Atento às negociações, o Inter prega cautela no mercado de transferências para se reforçar para a temporada de 2020. De quebra, a situação financeira é preocupante. O fluxo de caixa é baixo e o clube deve usar muito a criatividade para fazer contratações.
Em entrevista ao programa Show dos Esportes, Rodrigo Caetano, diretor-executivo do Inter, analisou as principais preocupações coloradas para o ano que vem. Dentre elas, revelou que a renovação com Danilo Fernandes está encaminhada, assim como a de D'Alessandro.
Confira os principais trechos da entrevista de Rodrigo Caetano:
Prazo para contratações
— A gente sempre trabalha para ter o elenco montado o mais rápido possível. Mas nosso desejo não é o de agente e outros clubes que estamos negociando. Cada situação será colocada na sua devida possibilidade. Eu não vou ficar aqui prometendo nada. Vale registrar que a nossa situação não é privilegiada. Pelo contrário. Nós temos coisas grandes e disputas grandes em 2020. Esperamos estar com a equipe o mais forte possível ali em janeiro. Mas não vou trabalhar com prazo. Temos possibilidade de fechar algumas questões até o final do ano, mas só vamos anunciar depois de todos os protocolos. Peço também a compreensão do torcedor. Em um mercado que a gente tem observado que está bastante difícil para algumas equipes com poderio financeiro, imagina para nós. Precisamos de criatividade, trocas, jogadores por empréstimo e em final de contrato. É desta forma que podemos atuar no mercado e é assim que vamos seguir.
Renovação de D'Alessandro
— Realmente está bem avançado. É desejo do D'Ale e do Inter de que ele permaneça. Não cabe falar aqui da história dele, até porque ele não é só história, mas tudo o que ele representa dentro e fora de campo. Assim que tivermos tudo acertado no contrato, vamos anunciar. Compreendo também que nesta época do ano se fale demais, se especule demais, mas a gente trabalha nesta função para que tenhamos a cautela e o cuidado necessário.
Em um mercado que a gente tem observado que está bastante difícil para algumas equipes com poderio financeiro, imagina para nós."
RODRIGO CAETANO
diretor-executivo do Inter
Interesse do Boca Juniors em Guerrero
— Em nenhum momento fomos procurados. O Boca trocou de gestão. O Paolo ser desejado por clubes de ponta não é novidade para ninguém, até porque ele está em um clube de ponta. Nós buscamos ele em um momento difícil e ele reconhece isso. Ele tem um contato conosco e existe uma multa. Se porventura alguém depositar a multa é porque ele quer sair. Eu não quero crer nisto. Ele nunca manifestou isso. Ele sempre disse que quer uma equipe competitiva e disputar títulos. Para eles não é só um contrato, mas a possibilidade de conquistar títulos.
Rodinei e Musto
— Em relação a esses dois nomes, são posições que pretendemos reforçar, principalmente nas laterais. Não é segredo. Não vou entrar nos nomes que estamos conversando. O Musto é da confiança do Coudet e trabalhou com ele em vários clubes. Se for possível, vamos tentar trazê-lo. Assim, aumentam nossas opções no meio de campo, que é um setor que temos bastante qualidade. É o que dá para falar no momento.
Bruno Fuchs
— Não tivemos proposta. Tivemos algumas consultas do exterior e renovamos seu contrato recentemente. Acreditamos na qualidade dele e nas questões que precisa evoluir. Ele sabe disto. Jogou mais no segundo semestre, demonstrou qualidade. É um menino em formação. Quanto mais jogadores jovens tivermos no elenco pedindo passagem, quem ganha é o Inter. Para dentro do Brasil, este negócio não existe, não se sustenta. Quando tiver uma proposta concreta de fora do Brasil, o presidente vai tomar a decisão, é um ativo do clube.
Contratações de atacantes
— Precisamos. Até pela saída do grande número deles, vamos precisar de atletas no setor ofensivo para aumentar as opções do Coudet. Saíram Nico López, Guilherme Parede, Rafael Sobis, Parede e Neílton. Por mais que tenhamos a subida do Peglow e outros garotos, é natural esta procura. Vai ser um ano de muitas competições e esperanças para nós. Nossa dificuldade em contratar não diminui a nossa responsabilidade e competitividade. No dia 22 de janeiro já teremos a melhor equipe possível no Gauchão.