A palavra "cercamento" esteve em destaque nos últimos dias no noticiário do Inter. Primeiro, pela intenção de proteger o complexo Beira-Rio, considerando o estádio e a estrutura que o cerca — com o perdão da redundância — e, segundo, a já comentada barreira que protegeria o campo de treino do CT Parque Gigante, que, hoje, não oferece privacidade nenhuma. Discordo da primeira. Porém, concordo plenamente com a segunda.
O complexo Beira-Rio não deveria ser cercado. O estádio construído à beira do Guaíba é um dos principais cartões postais da cidade. Passo ali todos os dias na ida e na volta do trabalho.
Sempre tem gente passeando na volta, fotografando. E isso precisa continuar e ainda melhorar. O Inter necessita, cada vez mais, criar atrativos para que o entorno do estádio seja mais frequentado, principalmente em dias que não há jogos.
Eu entendo que as cenas de violência que ocorreram na final da Copa do Brasil — com aquela confusão armada por pessoas que estavam fora do estádio — levaram esta questão a ser debatida, mas esse tipo de gente vai seguir fazendo as mesmas coisas com ou sem cerca. Esse problema é bem maior.
Privacidade
Já com relação à cerca do CT, como disse acima, sou completamente a favor. Todos os CTs dos grandes clubes do Brasil e do mundo são áreas privadas. O do Inter, não. Treinos precisam de privacidade. E é exatamente o que não temos hoje, no Parque Gigante.
É nos CTs que são testadas as jogadas que podem definir jogos e títulos. Se qualquer pessoa pode ter acesso ao que está sendo treinado, você pode ter certeza que o adversário sempre estará bem informado.