O fim de ano melancólico do Inter fez mais uma vítima. O vice de futebol, Roberto Melo, solicitou seu afastamento do cargo após mais uma derrota neste segundo turno patético do time no Brasileirão.
Futebol é assim mesmo: pessoas com cargos diretamente ligados à performance de campo são as que pagam o pato. Serve para treinadores e dirigentes, principalmente. O que vemos dentro das quatro linhas reflete o que acontece dentro do clube. E isso tem sentido.
Não faço parte daqueles que acham que tudo estava errado no trabalho de Melo. Considerando aonde o clube estava e onde ele se encontra agora, há uma clara evolução durante sua trajetória à frente do futebol. Mas, infelizmente, não se conquistou algo essencial para um clube do tamanho do Inter: títulos. Pior do que isso, duas taças que foram perdidas para adversários claramente inferiores – Gauchão para o Novo Hamburgo e Série B para o América-MG, ambas em 2017 – fizeram falta demais nessa contabilidade.
A derrota para o Athletico-PR, que foi considerada “vergonhosa” por alguns, eu encaro como absolutamente normal, pela bola que eles jogaram e seguem jogando. O clube paranaense mostra que só não tem o melhor time do país em 2019 porque existe o Flamengo. Fato é que, sem conquistas, ninguém se sustenta no cargo de vice de futebol.
Resposta está com o time
Com a saída de Odair e Roberto Melo, só os jogadores podem dar à torcida um final de ano mais digno. Restam nove pontos para classificar à Libertadores. Imagino que o grupo queira a vaga. Ou o plano é jogar a Sul-Americana?