Sem perfil definido, que fique até o final de 2020 e que implemente seu estilo de jogo. Assim se desenha a busca pelo novo treinador do Inter nas palavras do vice-presidente do clube, Alexandre Chaves Barcellos. O dirigente admitiu que já existem conversas com profissionais desde a demissão de Odair Hellmann, mas pregou calma para a escolha do substituto e disse confiar na capacidade de Ricardo Colbachini como interino.
Em entrevista ao programa Show dos Esportes, na Rádio Gaúcha, Barcellos não revelou detalhes de negociações, apenas enalteceu o empenho do departamento de futebol nesta procura que começou no momento da demissão de Odair. Preferiu não definir uma nacionalidade ou perfil de técnico a ser contratado pelo Inter para não limitar as escolhas. Segundo ele, a busca no mercado atual oferece dificuldades que a direção já esperava encontrar.
O vice-presidente elogiou o interino Ricardo Colbachini. O técnico do time de aspirantes acumula, neste momento, o comando do time principal.
— É um profissional de ponta, que vem fazendo um grande trabalho no sub-23 e o departamento de futebol confia plenamente. Temos certeza que ele vai conseguir fazer um bom trabalho neste período, que espero que não seja longo, mas que se tiver que ficar mais tempo, vai ter nossa confiança — admitindo que, em caso de não encontrarem nome melhor no mercado, podem avaliar a permanência de Colbachini no cargo.
Barcellos destacou a crescente cobrança que envolve a tarefa de contratar um novo técnico desde a popularização das redes sociais.
— Com a questão das redes sociais, isso tomou uma proporção absurda. Antigamente não tinha tanta pressão porque era só o telefone. Pressão vem pelas redes e é multiplicada absurdamente — avaliou o dirigente, que brincou:
— Se eu mostrar o whatsapp vocês vão enlouquecer.
Perguntado sobre o atual desempenho do time colorado, Alexandre Barcellos reconhece os pontos positivos. Diz que ao adotar o modelo atual de jogo, apesar de encontrar dificuldades fora de casa, Odair Hellmann levou o Inter a uma final de Copa do Brasil.
— Fez um dos mais longos trabalhos na história do time principal. Sai afirmado como treinador de ponta e vai ser recolocado no mercado.
Alexandre Barcellos desempenha a função de vice-presidente do Inter desde 2017. Ele conta que demitir Odair foi um dos momentos mais difíceis no ambiente de trabalho, pois o "papito" atuava há dez anos no clube e havia passado por todos níveis do futebol colorado. Tentando amenizar a situação, Barcellos pondera:
— Prefiro fazer uma interpretação às avessas: quanto ele cresceu profissionalmente, quanto ele agregou como ser humano tanto pra nós quanto para o futuro dele e pra vida dele — projeta.