O torcedor colorado Ronaldo Bastos, 45 anos, leva um amuleto incomum e único para a partida entre Inter e Athletico-PR de hoje à noite: um pedaço da rede da goleira da final da Copa do Brasil de 1992, quando o Inter venceu o Fluminense por 1 a 0 no Beira-Rio.
— Quando o jogo terminou, eu e um amigo invadimos o gramado e corremos para cortar um pedaço da rede da goleira. Foi com o isqueiro de alguma outra pessoa que também estava tentando pegar — relembra, rindo.
Ronaldo conta que muitas pessoas invadiram o gramado para levar um pedaço da rede como recordação. Segundo ele, "era mais fácil antigamente" e "hoje não deve ter essa possibilidade".
Para hoje, o palpite é claro: Ronaldo acha que o Inter ganha por 3 a 0, com gols de Guerrero e Nico López. Confiante, o torcedor conta que o amuleto "diferenciado" já foi levado para outros jogos importantes e, segundo ele, sempre deu sorte.
— Hoje o sentimento é de emoção. Emociona não só por ser uma final, mas por ter tido toda essa história, nesse mesmo local — conta ele, que estará presente com Adriano Müller, o mesmo amigo com o qual assistiu a final de 1992.
Há 27 anos, o Inter entrou em um Beira-Rio lotado também precisando vencer para conquistar a Copa do Brasil. O gol de pênalti de Célio Silva garantiu o título ao clube gaúcho. Ronaldo leva consigo um pedaço da rede que balançou em 1992 para enfrentar o Athletico-PR em busca do bicampeonato.