Um time avassalador no ataque e vulnerável na defesa espera o Inter nas quartas de final da Libertadores. Há pouco mais de três semanas sob o comando do técnico português Jorge Jesus, o Flamengo chama atenção pela ofensividade e pelas individualidades, como Rafinha, Filipe Luís e Gabigol. Por outro lado, o novo comandante ainda não conseguiu estancar os problemas defensivos.
— O ataque é o ponto forte do Flamengo. Com o Jorge Jesus, o time marca em média dois gols por jogo. E o Gabigol vive uma fase espetacular. Porém, o ponto fraco ainda é a defesa. O setor vem passando por muitas mudanças e, com isso, passa muita dificuldade. Talvez o Inter possa se aproveitar desse momento instável da defesa — alerta o repórter Renan Moura, setorista do Flamengo da Rádio Globo.
O Flamengo já disputou sete jogos sob o comando de Jorge Jesus, com três vitórias, três empates, uma derrota e um aproveitamento de 57%. No total, foram 14 gols marcados e oito sofridos. Para avançar às semifinais, o português deve apostar na habilidade e na técnica do seu elenco. Gabigol, por exemplo, é o maior artilheiro do futebol brasileiro em 2019, com 22 gols em 33 jogos.
— O melhor do Flamengo são as individualidades. O time tem muito talento e jogadores de nível europeu, como Rafinha e Filipe Luís. O próprio Gabigol, mesmo que não tenha dado certo na Itália e na Espanha, tem talento para estar na Europa. Além disso, desde que o Jorge Jesus assumiu, estou vendo uma evolução na parte tática — diz o comentarista da ESPN Brasil, Gustavo Hofman.
De modo geral, a imprensa carioca acredita que o Flamengo evoluiu sob o comando do português, embora seja consenso que a instabilidade defensiva ainda é o calcanhar de Aquiles da equipe rubro-negra.
— O Flamengo é um time muito intenso. Com o Abel, a equipe era mais de paciência e de posse de bola. Já a equipe do Jorge Jesus é mais vertical e tem uma proposta bem definida, ofensiva e pautada na intensidade. O time marca alto e começa as partidas a mil por hora. As linhas defensivas jogam bem altas. É um time muito ofensivo e que está buscando um equilíbrio defensivo. Com as linhas muito altas, acaba às vezes ficando muito exposto — completa o repórter Cahê Mota, setorista do Flamengo do site Globoesporte.com.
Nos jogos contra o Inter, o time-base do Flamengo deve ter: Diego Alves; Rafinha, Rodrigo Caio, Pablo Marí e Filipe Luís; Cuellar, William Arão e Gerson; Everton Ribeiro, Bruno Henrique e Gabigol.