O Inter não cometerá loucuras na janela de transferências. O objetivo de ter um grupo mais forte no segundo semestre continua, porém as soluções que o clube busca estão nas categorias de base ou em contratações pontuais que não pesem no orçamento colorado. Segundo o diretor executivo do clube, Rodrigo Caetano, além das dificuldades financeiras, a limitação de opções no mercado dificultam a busca por reforços.
Outro fator analisado pelo departamento de futebol do Inter é a possibilidade de se reforçar com jogadores que estão no futebol brasileiro. Porém, por estar nas principais competições da temporada, a limitação de opções é ainda maior. Além disso, a necessidade de vender um de seus jogadores para gerar receita dificulta o plano de manutenção de todo o grupo para o segundo semestre.
— O Internacional está nas principais competições do futebol brasileiro e sul-americano, como deve ser. Com isso, nós entramos em um funil bem mais complicado. Nós não podemos contratar, e não seria o mundo ideal, jogadores que já atuaram em Copa do Brasil e Libertadores, porque eles ficariam restritos aos Brasileirão. Aqueles que já atuaram em sete partidas do campeonato nacional também não podem atuar mais por outra equipe. Ou seja, é muito difícil. Por isso, trabalhamos tentando manter o elenco que nós temos, fazendo esforços para permanecer com quase a totalidade do grupo, que isso já representaria um grande reforço. Mesmo assim, nós vivemos com a realidade de necessidade de vender, pelo menos, um jogador — explicar.
Ainda segundo o dirigente, o planejamento do Inter não prevê trazer jogadores apenas para fazer número. O objetivo é contratar atletas que vão acrescentar qualidade ao grupo, mas sem comprometer as finanças.
— Trazer um jogador para compor elenco, apenas, não vejo como o ideal. Apenas por uma necessidade. O mercado não tem sido farto em opções, só jogadores que terminem os seus contratos e possam voltar do Exterior. E para contratar os jogadores, há a necessidade de ter uma capacidade financeira um pouco maior. O Sidcley, por exemplo é uma negociação muito difícil. É um grande jogador, em uma posição escassa, que saiu por 8 milhões de euros para o futebol do Exterior há pouco mais de um ano e, esses valores, para a situação financeira atual do Inter, são impraticáveis — comentou.
Agustín Dávila, 20 anos, atacante do Peñarol-URU, que estava atuando no futebol espanhol, chegou a ser especulado pelo clube. Entretanto, o limite de estrangeiros para atuar na Copa do Brasil e Brasileirão fez o Inter descartar a possibilidade de o jogador atuar em Porto Alegre. Principalmente, porque o Inter conta com sete jogadores de fora do país em seu elenco.
— Jogadores estrangeiros acabam diminuindo a possibilidade de atuação, porque já temos sete jogadores sob contrato e apenas cinco podem atuar por jogo nas competições nacionais. São todas essas considerações que nós fazemos antes de realizar uma contratação, e nós vamos fazer isso com toda a responsabilidade, como estamos fazendo até agora, visando sempre que a nossa equipe tenha no segundo semestre a mesma performance e até melhore essa capacidade competitiva. Obviamente, sem fazer algo que possa vir a comprometer o futuro do clube — explicou Caetano.
Os estrangeiros quem vem sendo utilizados pelo técnico Odair Hellmann são: Victor Cuesta, D'Alessandro, Sarrafiore, Nico López e Paolo Guerrero. Santiago Tréllez tem contrato até o fim da temporada, mas deve ser repassado a outra equipe. Jonatan Alvez está de saída. O vínculo do uruguaio encerra no fim do mês, e ele voltará ao Junior de Barranquilla-COL.