O Inter não conseguiu pontuar na Arena Condá. Neste sábado, pela rodada de estreia do Brasileirão, os reservas de Odair Hellmann perderam por 2 a 0 para a Chapecoense. Após o jogo, o treinador explicou a preservação dos titulares e lamentou o resultado.
— Estava planejado há muito tempo. Vai acontecer mais vezes no Campeonato Brasileiro, e também em outras competições. No ano passado, só conseguimos repetir a equipe em três ou quatro jogos. Claro que por lesões e suspensões — mesmo jogando somente uma competição. Isso mostra que a força do grupo já é necessária em um campeonato, imagina jogando Libertadores e Copa do Brasil. Isso é para todos os clubes. Mas confiamos no grupo. Isso já estava no planejamento. Nosso principal objetivo era classificar bem na Libertadores. Agora, estamos tendo uma sequência e precisamos saber o melhor momento para preservar jogadores. Temos um planejamento prévio. As decisões não são tomadas com um ou dois dias de antecedência. Isso é planejamento — afirmou.
Apesar do temporal que caiu em Chapecó, o técnico ressaltou que ambos os times encontraram as mesmas dificuldades no campo encharcado. Além disso, lamentou que o volume de jogo colorado não foi o suficiente para balançar as redes.
— Quanto ao gramado, foi igual para os dois. Com as condições que se apresentaram, acho que foi um jogo igual no primeiro tempo. Quando sofremos o pênalti, estávamos melhor. Voltamos para o segundo tempo e tentamos uma variação tática. Até os 30 minutos, controlamos o jogo, tivemos posse. Tivemos 16 finalizações, e eles, cinco ou seis. Apesar disso, o número de conclusões perigosas foi igual. Eles criaram três chances de gol perigosas, e nós também. Só que o nosso domínio não foi efetivo — concluiu.
Confira outros trechos da entrevista coletiva de Odair Hellmann
Utilização de Camilo e Jonatan Alvez (que estão em fim de contrato)
"São jogadores importantes do grupo. Todos os que fazem parte, são. Não ficamos olhando para o contrato. Eles estão à disposição, então vamos utilizá-los. Todos os que estiverem à disposição precisam estar preparados para entrar."
Condições do gramado
"Claro que a chuva muda o jogo. Hoje, estávamos com um só volante de origem. O Nonato sabe marcar, mas também joga mais avançado. O Camilo é meia-atacante. A princípio, a ideia seria priorizar a parte técnica, a posse, a aproximação. Então, nesse ponto, a chuva prejudicou"
Preservação diante da Chapecoense
"Tudo que a gente pensa aqui, é planejado com muita antecedência. Independentemente do adversário, a gente já tinha planejado isso. Temos a Libertadores, que é um dos grandes objetivos da temporada, e estávamos no grupo da morte. Estamos há uma semana longe de casa. Nós gostaríamos de repetir a equipe, mas há um momento que não tem como por vários motivos"
Excesso de cruzamentos no segundo tempo
"O Sobis não tem essa característica (da bola aérea). A gente tentou pensar em um jogo pelo chão. Quando acontece de cair um temporal desses, muda um pouco. Mesmo assim, a gente se adaptou bem. No segundo tempo, lateralizei o Nonato e o Lindoso. Mas logo com cinco ou seis minutos optei pelo centroavante (Jonatan Alvez). A gente tentou de muitas formas hoje. Tabelamos por dentro, chutamos de fora da área. O repertório foi maior, mas faltou efetividade. Mas como a defesa adversária fechou o centro do campo depois dos 15 minutos do segundo tempo, você acaba jogando pelos lados"