Talvez seja o Inter a grande surpresa deste início da Copa Libertadores. Um time em formação, um clube que não conquista títulos desde 2016 (afora a Recopa Gaúcha de 2017), em elenco que ainda não pode contar com o seu grande reforço (Paolo Guerrero), mas que mesmo assim venceu as duas partidas no torneio e já tem a melhor arrancada colorada em Libertadores na história.
GaúchaZH perguntou a colorados ilustres o que eles esperam do clássico com o River Plate e se, com 100% de aproveitamento no Grupo A, já é possível sonhar com o tricampeonato. Confira:
Luis Fernando Verissimo, escritor
"Tudo é possível, ainda mais sonhar. Mas é difícil enfrentar argentinos, ainda mais o atual campeão da Libertadores. Eles amarram um jogo melhor que ninguém. Mas acho que, ao final, venceremos. E por que não sonhar com o Tri? Em 2006, ninguém imaginava que seríamos campeões. Ninguém sonhava com o título naquela início de campanha. Então, ao menos já temos um precedente".
Thedy Corrêa, músico e escritor
"Acho que o River é um time imprevisível em estabelecer prognósticos. Não se pode subestimar sua capacidade, mesmo levando em conta o fator local. Este jogo vai exigir concentração total. Qualquer descuido será aproveitado pelos argentinos. Com este grupo e com o trabalho que vem sendo feito no Inter, podemos sonhar com o Tri, sim".
Bagre Fagundes, músico
"Estamos com uma confiança enorme, num momento de inspiração do time, de paixão da torcida, o estádio estará lotado, todos com um entusiasmo muito grande, como nos grandes tempos. É claro que teremos pela frente uma camisa muito pesada, mas o River vem com desfalques. Temos de jogar em cima desde o começo. Somos um clube que inspira respeito. Eles não virão aqui para jogar com o Guarany, de Bagé, com todo o respeito. Temos um bom time, não vamos entrar para brincar. Se passar pelo River, aí, sim dá pra sonhar com o Tri. Este é um jogo-chave. O Inter precisa ganhar e ganhar bem".
Deise Nunes, Miss Brasil 1986
"Espero um jogo muito difícil, como sempre. Sei que eles jogarão com muitos desfalques, e isto pode ser uma armadilha para nós. Todo o cuidado é pouco, precisamos entrar mais atentos com a defesa, e melhorar aqueles passes para o ataque, porque ainda não está bem. O Inter ainda não inspira a confiança necessária, pois a gente nunca sabe como o time vai se comportar. Sou muito pé no chão, para evitar sofrimentos. Quero um golzinho só, já está mais do que bom. Agora, para sonhar com uma nova Libertadores, vai uma longa distância. Precisamos de uma sequência de vitórias e de bons jogos. Talvez ela comece contra o River Plate. Mas ainda não dá para sonhar com o título, não".
Luciano Potter, apresentador da Rádio Gaúcha
"Se enfrentar o atual campeão da América, o maior clube da década, num Beira-Rio quase cinquentão, remodelado e lindo — poderiam ter mantido a Coreia, né?! — com capacidade máxima, depois de ter lambido o chão do inferno na Segundona — valeu, Píffero! (Ironia) — não é o maior jogo do Colorado nos últimos tempos fecha tudo, manda os jogadores para outros clubes e cerra as portas como entidade de futebol. Tudo que eu queria ser nesta semana é jogador do Inter para poder disputar essa Copa à parte. Teremos uma clássica noite de Libertadores com peso 10. Com um adversário precisando vencer e com o Inter querendo, definitivamente, se afastar do triste biênio 2016/2017. Eu queria ser Federico Nico López na quarta-feira! Que jogo! Dia de ver e escutar o grande jogo com o crânio dos avôs colorados como fez aquele torcedor do Racing no domingo passado ao festejar a taça! Que noite será!".