Em entrevista para o programa Boleiragem, do canal SporTV, o meia Alex comunicou que passou oficialmente para o grupo de ex-atletas. Sua última temporada como profissional foi em 2016, pelo Inter.
— Ah, estou aposentado. Está bom, né? Está bem construído, né? Não estou jogando... Dois anos sem jogar, hoje não vem ninguém (atrás). Até brinquei, às vezes você recebe umas mensagens no Instagram de alguns torcedores, o que é legal — disse o ex-jogador colorado.
Embora tenha pendurado as chuteiras em 2017, Alex ainda não definiu o próximo passo da carreira. Questionado sobre a possibilidade de se tornar treinador e continuar no entorno do mundo do futebol, não descartou.
— Dá vontade, mas o preço de ser treinador é muito alto. É um caminho que não tenho pressa. Vou esperar chegar aqueles cabelinhos brancos para o pessoal respeitar um pouco mais. Você precisa se conhecer um pouco mais também. E aí começar de auxiliar, pegar uma bagagem, para chegar na profissão, se vier a acontecer, com capacidade para executar. Mas precisa ser de cinco a 10 anos treinador para não morrer do coração. A exigência é muito grande —declarou ele.
Alex revelou também que chegou a se deparar com um quadro de depressão quando percebeu não só a aproximação do término da carreira, mas também pelo tratamento dado a ele pela diretoria colorada no segundo semestre de 2015.
— Hoje eu tenho consciência de tudo e posso dizer que estou seguro para isso (aposentadoria), mas a vida tinha perdido totalmente o sentido para mim, e não era só no futebol. Eu sempre fui um cara que gostava de brincar e comecei a ficar triste no vestiário. A hora em que você vê que morre essa vida (de jogador) é chocante, porque eu não estava preparado (para a aposentadoria). Eu poderia ter ido para outros clubes, mas não quis. Foram dois anos de aprendizado. Uma pessoa que não passa por isso (depressão) não consegue entender. Eu não tentei me matar, mas hoje eu entendo o porquê de algumas pessoas pensarem assim, e isso é algo que não desejo pra ninguém — detalhou.
Aos 36 anos de idade, o jogador revelado nas categorias de base do Guarani, de Campinas, colecionou títulos com a camisa do Inter: Libertadores e Mundial de Clubes de 2006, Recopa Sul-Americana de 2007, Copa Sul-Americana de 2008 e seis Campeonatos Gaúchos (2004, 2005, 2008, 2014, 2015 e 2016). Também conquistou taças importantes com o Corinthians, com o Brasileirão de 2011 e a Libertadores de 2012. Ainda jogou por Spartak Moscou, da Rússia, e Al-Gharafa, do Catar.