O Rafael Sóbis é um dos meus ídolos, sem sombra de dúvida. As lembranças dele correndo pelo Beira-Rio com um bandeirão na Libertadores de 2006 e, de novo, na Libertadores de 2010, nunca vão sair da minha cabeça. Inclusive, lembro de ver uma fotografia, em uma exposição de conquistas coloradas, dele sentado no gramado, de costas, logo após o final de Inter e São Paulo, com o gramado e a arquibancada desfocados ao fundo. Queria emoldurar e colocar na parede da sala da minha casa, mas infelizmente nunca mais encontrei esta imagem.
Lembro que, entre 2004 e 2005, Sóbis teve um momento em que foi um pouco contestado pela torcida e chegou a ouvir vaias das arquibancadas. Sempre o defendi, pois, além de gostar muito do estilo de futebol dele, gostava mais ainda da pinta de colorado que tinha. O que, para mim, o tornava completo para o Inter. E continuo achando tudo isso: permanece sendo um baita jogador, ainda que com 33 anos, e identificado com torcida e clube. Mas, sinceramente, tenho dois lados tentando decidir se acho uma boa ideia ele voltar a fardar o nosso vermelho e branco, ou não.
Razão x Emoção
Meu lado racional: tenho ressalvas quanto a repatriar jogadores que fizeram parte de grandes conquistas no passado. Acho que, automaticamente, paira uma pressão para o cara arrasar como um dia arrasou, o que nem sempre é possível. Entretanto, meu lado emocional só lembra da narração do Pedro Ernesto quando ele marcou o segundo gol no São Paulo, naquele 9 de agosto de 2006, no Morumbi, no jogo de ida da final da Libertadores. Só me recordo dos gols decisivos, das comemorações. Qual lado meu vence essa discussão? Só digo isso: estou disposta a tomar outro torrão.