O Inter anunciou na semana passada a contratação de um gerente de futebol. Um cargo novo, mas que mostra mais uma vez que a atual gestão realmente está trabalhando para profissionalizar o clube. Vindo do Flamengo, Marcos Biasotto estará subordinado a Rodrigo Caetano – com quem já trabalhou no rubro-negro carioca – e terá como função principal a conexão entre a base e o grupo profissional.
É aí que está o grande acerto desta contratação. Quem conhece o mínimo da história do Internacional sabe que a base é parte essencial de nossas maiores conquistas. E isso precisa ser resgatado. Nas mudanças estruturais do clube na última década, a base foi uma das áreas que mais sofreu. Quem frequentava o Beira-Rio antigo lembra dos diversos campos de treino que ocupavam a área em que hoje está o estacionamento da Rua Fernandão e o edifício-garagem. Nesses campos, treinavam o time profissional e a base. Lado a lado.
Em incontáveis oportunidades, na falta de jogadores para um coletivo, eram solicitados meninos que estavam treinando nos campos ao lado. Estes mesmos guris ficavam escorados nas grades que separavam os campos, admirando seus ídolos e alimentando seus sonhos de, um dia, vestirem a camisa do time profissional.
Reconstrução é realidade
Com a reforma, esses campos não existem mais. Hoje, o time principal treina no Parque Gigante, e a base em Alvorada.
Enquanto o sonho do CT de Guaíba não sai do papel, ter um profissional 100% focado nessa ligação é (mais) um grande acerto de Marcelo Medeiros. A reconstrução do Inter é uma realidade.