Em uma partida em que um time jogou a fim de vencer durante 80 minutos e o outro só nos últimos 10, a vitória do mais interessado acabou sendo bem justa. O Inter nem parecia o time invicto há nove rodadas e candidato ao título de tanto que errava. Desde passes fáceis no meio de campo até o posicionamento ao defender.
Fica gritante a falta que Rodrigo Dourado faz. Sem ele em campo, o time inteiro perdeu a referência. A exceção foi Nico López, que criou as poucas jogadas de gol e ainda bateu o pênalti sofrido por Pottker, que deu a vantagem parcial num momento em que a Chape era bem melhor em campo.
Na hora, ainda pensei: na fase boa, tudo ajuda. Me enganei. Não tem fase boa que segure a onda quando um time erra tanto quanto o Inter errou no primeiro tempo. Teve bola na trave de Lomba, e Leandro Pereira subindo sozinho entre três zagueiros pra empatar, fazendo justiça ao que acontecia no jogo.
Foi-se a liderança
No segundo tempo, sem mudanças no intervalo, como sempre, o Inter voltou quase igual, com pouca criação. Numa rara oportunidade em contra-ataque puxado por Nico López, Jonatan Alvez teve a chance, mas chutou fraco demais.
Pelo lado direito do ataque, a Chape chegava como queria. O lateral Eduardo deitava e rolava. E por lá chegaram e tiveram pênalti a seu favor, que ainda custou a expulsão de Cuesta.
Vendo a primeira posição escapar, o Inter resolveu jogar. Teve três chances claras (entre elas, um pênalti), mas faltou competência para empatar. Foi-se a liderança e ficaram muitas perguntas.