Foi um resultado justo. Num Beira-Rio novamente lotado, o Inter não conseguiu superar o time "alternativo" do melhor e mais caro grupo de jogadores do Brasil, que veio a Porto Alegre apenas para não perder. Não teve vergonha de fazer cera durante os 90 minutos, com direito a simulações constrangedoras.
Além disso, o Palmeiras bateu sem dó — fez 24 faltas contra 14 do Inter — com a complacência do árbitro Bruno Arleu de Araújo, que viu Marcos Rocha impedir três contra-ataques agarrando jogadores do Inter pela camisa, sem dar cartão.
Aliás, sobre o "nível" técnico do árbitro, ele não teve nem a capacidade de ver, antes do jogo, que os uniformes cinza e verde gerariam confusão. Precisou de 45 minutos para se dar conta disso. Patético.
Mas, faça-se justiça: mesmo com toda a cera, o Palmeiras chegava rápido ao gol de Marcelo Lomba e soube construir boas jogadas, até porque tem grandes atletas. E, como eu sempre digo, se quiser ser campeão, o Inter precisa superar arbitragens ruins, times retrancados e tudo o mais.
No domingo (26), algumas individualidades que vinham jogando em alto nível ficaram abaixo, como Patrick, Edenilson e Nico López. Óbvio que a própria postura defensiva do Palmeiras dificultou, mas, efetivamente, o Inter ameaçou muito pouco.
Resultado normal
As substituições feitas por Odair Hellmann no segundo tempo deram mais ímpeto ao time, mas não foram suficientes.
O empate frustra pelo fato de o São Paulo ter vencido o Ceará. Porém, é um resultado normal dentro de um contexto em que o Inter segue vice-líder e não toma gol há seis jogos.