O ex-presidente Vitorio Piffero esteve ontem no Sala de Redação, da Rádio Gaúcha, para manifestar-se sobre as dúvidas que estão sendo lançadas a respeito da sua administração no biênio 2015/2016. Quando soube de sua presença, achei que teríamos uma oportunidade de tentar passar a limpo as decisões que, ao final, contribuíram para que o Inter vivesse o pior momento de sua história. Eu estava enganado.
Piffero chegou com uma gorda pasta de documentos e reservou-se o direito de falar somente sobre dúvidas de gestão financeira. Defendeu-se de comentários feitos em redes sociais ou por veículos de imprensa e socorreu-se de papéis a que só ele tinha acesso, para rebater acusações que lhe tem sido feitas e que vêm de dentro do Conselho Deliberativo.
Me alinho com a maioria dos torcedores do Inter que ouviram a intervenção do ex-presidente e que se mostraram frustrados, na medida em que queriam ouvir sobre coisas do futebol. Assim como eu, a maioria não entende de auditorias e assuntos financeiros. Isto se tornará importante na medida em que ficar apurado o mau uso, ou não, do dinheiro.
O que precisamos entender é o que foi feito de errado na administração do futebol do Internacional, e neste assunto Piffero não quis entrar. Somente quem entende os próprios erros pode usá-los em seu favor e nunca mais cometê-los, e é com isso que nós estamos preocupados.
Tudo explicado
Ao final, perguntei a Piffero se concordava que havia sido arrogante. A resposta veio seca: "O que é arrogância? Não sei o que é isso."
Foi uma resposta muito esclarecedora.