A diretoria do Inter tem duas grandes tarefas neste final de ano. A primeira delas é montar o elenco que ficará à disposição de Odair Hellmann no retorno à Série A do Brasileiro. A segunda é realocar jogadores do elenco que terminou Série B e também que estavam emprestados e que não serão aproveitados na próxima temporada.
E as duas tarefas estão interligadas, já que à medida em que consegue aliviar sua folha de pagamentos, o Inter ganha fôlego para buscar alternativas no mercado. De uma relação de mais de 20 jogadores que não deverão permanecer no Beira-Rio, dois nomes em especial chamam a atenção: Anderson e Seijas.
Contratado como principal nome do começo da gestão de Vitório Píffero, em fevereiro de 2015, Anderson é um dos símbolos do rebaixamento de 2016. Com contrato com o Inter até fevereiro de 2019, o jogador de 29 anos custará aos cofres colorados até o final de seu vínculo algo em torno de R$ 28 milhões, entre salários e luvas.
Depois de 88 jogos e apenas seis gols com a camisa colorada, Anderson foi emprestado ao Coritiba, onde colecionou um novo rebaixamento neste ano. No time paranaense fez 23 jogos e marcou três gols. Em Curitiba teve cerca de 70% de seus salários pagos pelo Inter. Porém, a ideia da direção colorada é buscar um clube que arque com a totalidade dos vencimentos do ex-jogador de Grêmio, Porto e Manchester United.
Outro jogador que não correspondeu às expectativas foi Luis Manuel Seijas. Contratado em maio do ano passado, por três temporadas, o venezuelano também caiu em desgraça no Beira-Rio, após a queda para a Série B.
Apesar de ser admirado por parte da torcida, o meia de 31 anos é considerado pouco participativo e muito caro na relação custo-benefício. Após um ano no Inter foi emprestado para a Chapecoense, onde fez 18 jogos pelo Brasileirão e um pela Copa Sul-Americana.
Com uma lesão no ligamento colateral medial do joelho esquerdo, Seijas entrou em campo pela última vez em 10 de setembro. Desde então voltou a Porto Alegre para tratar da lesão e de seu futuro, que segue incerto.
Por se tratarem de jogadores com alto salário, tanto Anderson quanto Seijas tem dificuldade de mercado, já que as últimas temporadas não recomendam suas contratações. E, por isso, a rescisão de contrato não está descartada e poderá ser uma última alternativa a ser usada pela diretoria do Inter na tentativa de diminuir sua folha de pagamentos.