A liderança veio, enfim. Foi a premiação ao Inter pela recuperação empreendida nesses últimos 45 dias, em que saiu de um inferno astral ao engatar seis vitórias seguidas. Embora o clube esteja no lugar que é seu e no qual todos apostavam que estaria ao começar a Série B, a liderança tem um simbolismo. Mostra transformação colorada nesta campanha.
O time precisou criar uma identidade e aprender a ser humilde para superar os adversários. A partida desta sexta-feira serve de exemplo. Contra o Paysandu, um time limitado, houve no primeiro tempo muita aplicação e pegada. Foi possível ver o time, por vezes, cercando e marcando com três ou quatro jogadores.
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A onda é positiva para o Inter. Tanto que a liderança veio, mas ficaram algumas ressalvas pelo segundo tempo. Levar dois gols desse Paysandu mostra que ainda é preciso apertar parafusos.
Cláudio Winck falhou nos dois gols. No primeiro, permitiu ao adversário subir e cabecear livre – no rebote de Danilo, Bergson fez. No segundo, não percebeu que havia um atacante às suas costas. Erros como esses contêm a euforia de um time em ascensão.
Apesar da liderança, da grande noite de D'Alessandro, dos gols de Damião e dos seis jogos seguidos com vitória, o Inter parece plugado na vida real. O que só reforça a ideia de que está no caminho de volta da Série A, com direito até a contagem regressiva. Faltam sete vitórias. E ainda há 16 jogos para alcançá-las.