Leandro Damião está de volta ao Inter. O centroavante de 28 anos, apresentado no fim da tarde de segunda-feira, é a esperança de uma remobilização para Série B e do retorno das vitórias, principalmente no Beira-Rio, onde a equipe colorada tem apenas 47,6% de aproveitamento (duas vitórias, quatro empates e uma derrota). Caberá ao técnico, agora, definir como pretende montar o time com um homem de referência no ataque.
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As recentes avaliações para assinar contrato de empréstimo até junho do ano que vem com o Inter indicam que Damião está com ritmo de jogo e tem totais condições de ir a campo já na próxima terça, diante do Goiás. O atacante seria mais uma das tantas alternativas de ataque que Guto Ferreira usou na tentativa de marcar diante de adversários tão fechados no Beira-Rio:
– As características do futebol do sul permitem que se jogue com um homem de referência. Damião será muito importante por ser um goleador, conhecer muito bem o Inter e ter o carinho da torcida, que é fundamental – entende o ex-treinador e comentarista do SporTV, Muricy Ramalho. – Ele pode ser a solução da dificuldade para furar bloqueios, principalmente no Beira-Rio, que os times vão muito fechados. A bola passa muito pela área e normalmente não tem ninguém para completar para o gol. Pottker joga pelo lado, tem muita velocidade. Esse deve ser o desenho, os dois casam bem. Vão jogar um pouco distante, mas Pottker vai ao fundo e agora terá alguém para receber seus cruzamentos – completa.
Um dos maiores artilheiros da história do Inter, com 98 gols, Christian fala com propriedade sobre o assunto. Apela para a psicologia para referir-se à importância do retorno de um "nove" ao time:
– Tem um amigo meu que diz que é preciso resgatar o inconsciente coletivo do torcedor. Resgatar, com a ajuda da psicologia, coisas que deram certo na história do Inter, como um centroavante de referência. Não sei quem, em determinado momento, quis mudar o modo de jogar. Começamos a investir em atacantes flutuantes, que é bonito, mas não vem dando resultado a médio e longo prazo – afirma o ex-camisa 9.
O ex-jogador, no entanto, alerta para o processo de readaptação que o time comandado por Guto Ferreira precisará ter, já que vinha jogando com dois atacantes de movimentação, como é o caso de Nico López, William Pottker e, por vezes, Diego.
– É difícil saber quem será o parceiro de Damião. É questão de afinidade, como a dupla de zaga. Não podemos ter dois técnicos e dois que quebram a bola. Precisa de equilíbrio. O fato é que o time de terá de se adaptar como uma nova forma de treinar e jogar, para que a bola chegue até o centroavante – finaliza Christian.
Impedido de entrar em campo contra o Oeste, já que não teve o nome publicado no Boletim Informativo Diário da CBF a tempo, o que lhe daria condição de jogo já nesta terça-feira (25), Damião sabe o tamanho da responsabilidade que assumiu ao retornar ao Beira-Rio. Vestirá, para dar sorte, a camisa 22, o mesmo número utilizado por ele durante a Libertadores, em 2010, quando marcou um dos gols na vitória por 3 a 2 sobre o Chivas, confirmando o bicampeonato.
– Preciso ser o Damião, o atacante que gosta de correr em todas as chances, dar o sangue em campo. Temos que dar o máximo e todos estão muito focados. A 22 foi o Inter quem me passou. Traz boas lembranças. Espero repetir.
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