Victor Cuesta não deve ter um segundo boletim de ocorrência aberto por acusação de injúria racial. Cafu não seguirá os passos do companheiro de Ceará Elton, que denunciou o zagueiro colorado por ter o chamado de "macaco" durante Ceará 0x2 Inter, pela 13ª rodada da Série B. O meia, no entanto, pretende narrar o fato em que o atacante relatou em seu depoimento, quando Cuesta teria o chamado de "preto de m...":
– Cafu quer depor no processo, no inquérito que está sendo instaurado, para narrar esses fatos. E entendeu que não seria necessário fazer um outro boletim de ocorrência. Delegado deve o colocar como vítima neste contexto – disse o diretor jurídico do Ceará, Ernando Uchôa.
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O caso está a cargo do 16º Distrito Policial de Fortaleza. Segundo o delegado Wilder Brito Sobreira, o procedimento policial está aberto a partir da denúncia e, na próxima semana, Elton será ouvido.
Cuesta defendeu-se. Negou que tenha falado algo de cunho racista e afirmou que houve "xingamento com respeito":
– Fiquei um pouco surpreso pelo que aconteceu ontem (terça-feira). Eu nunca fiz isso. Na minha carreira nunca aconteceu nada de estranho. Se você procurar, nunca faltei respeito com juiz, colega, adversário ou companheiro. A verdade é que a gente se xingou com respeito, coisas que ficam dentro do campo. Nem ele me faltou com respeito, nem eu faltei com respeito a ele. Estou contente no Brasil e jamais faria alguma coisa assim – disse Cuesta, em pronunciamento na tarde desta quita-feira.
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