Guto Ferreira, enfim, respirou. O técnico precisava de vitória e desempenho. Pois o Inter teve ambos no 2 a 0 sobre o Oeste, na noite desta terça-feira, para 21 mil pessoas no Beira-Rio, que o devolve ao G-4 ao menos até sábado.
O ambiente após o jogo foi de um alívio que fazia tempos que não se via. O muro de segurança erguido para evitar depredação foi aberto para a circulação de colorados, que passavam em animados bate-papos. Na zona mista, integrantes da comissão técnica também sorriram.
– Hoje vou dormir 18 horas – brincou o auxiliar Maurício Dulac com o colega Odair Hellmann.
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Guto Ferreira afirmou que sempre teve apoio da direção e que lida com a pressão desde sua chegada:
– Meu trabalho sempre foi buscar desempenho. Tivemos volume, perdemos oportunidades, como já tinha sido contra o Criciúma e o Luverdense. Fomos felizes hoje.
Além da providência de segurança, o Inter apostou na mística. Sal grosso foi espalhado no gramado para afastar o mau olhado que estaria impedindo a bola de entrar nos gols adversários.
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– Extravasei na comemoração para tirar a urucubaca mesmo. Estávamos criando, mas não conseguíamos ter tranquilidade – desabafou Uendel.
Afora questões místicas, em campo, o treinador mudou o Inter para além das obrigatórias por suspensão, de Winck, Cuesta e Dourado – substituídos por Fabinho, Klaus e Charles. O técnico também sacou Felipe Gutiérrez e ressuscitou Eduardo Sasha.
O jogo começou como, de fato, normalmente começa. Com Sasha na esquerda e Pottker na direita, o Inter tentou pressionar os minutos iniciais. Fechado, o Oeste não cedia espaços e tentava estocar contra-ataques. Depois de bater, bater e bater, o gol saiu no último lance.
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Sasha, que já tinha criado as duas melhores oportunidades, ambas defendidas por Rodolfo, enfim, foi premiado.
A jogada começou com uma roubada de bola de Fabinho. A bola sobrou para Nico, que cruzou na medida para Sasha cabecear para o gol: 1 a 0.
– Esse gol nos deu alívio, tivemos bastante oportunidade em outras partidas, mas ir para o intervalo com vitória deu tranquilidade – observou o vice de futebol do Inter, Roberto Melo.
Na saída do segundo tempo, ainda empolgado, o Inter reclamou de pênalti. Pottker foi lançado na área e o zagueiro desviou a bola com a mão. Encoberto, o árbitro não viu.
Guto Ferreira precisou fazer duas trocas antes dos 16 minutos. Danilo Silva sentiu dores e deu lugar a Léo Ortiz. Depois, Fabinho torceu o tornozelo. Junio entrou.
Para evitar drama, chegou o 2 a 0. Nico aproveitou uma falha da defesa, deu um balãozinho no goleiro e quando ia fazer o golaço, viu Rodolfo se recuperar e salvar. Uendel pegou o rebote e encobriu todo mundo, a bola deu no travessão e voltou. Pottker e Nico tentaram, mas Uendel, de novo, chutou forte e venceu quem estivesse na frente. Até o sal grosso saltou.
Dali até o final, o Inter administrou. Para enfrentar o Goiás de Argel na terça-feira que vem, o time entrará em paz. E, com sorte, no G-4.
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