A Promotoria do Torcedor do Ministério Público já tem os nomes de cinco torcedores envolvidos em uma confusão no trensurb na última terça-feira (6), quando homens identificados com a Guarda Popular agrediram uma mulher e pararam o trem por três minutos.
Segundo o promotor Márcio Bressani, desde o ano passado existe uma orientação do MP para que as torcidas relatem os nomes de torcedores envolvidos em eventuais confusões para evitar punições coletivas. Desta vez, a própria Guarda Popular e o Inter procuraram a Promotoria do Torcedor para ajudar na identificação dos torcedores.
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– O Estatuto do Torcedor prevê que a torcida pode ser responsabilizada pela ação de seus integrantes. Vínhamos coletando elementos e, havendo identificação do grupo, pede-se em juízo que toda a torcida fique punida até que haja as identificações. A partir destes exemplos, a própria torcida pediu um prazo para ajudar. Pontuamos que essa colaboração tinha de vir antes do jogo seguinte, para que não haja o caso de uma torcida que deveria estar punida não estar. O MP tinha uma medida pronta solicitando a suspensão da torcida. Hoje, antes do jogo, a torcida e o clube pediram uma reunião e passaram o nome das pessoas – explicou Bressani.
O promotor disse que, em casos anteriores, houve uma suspensão inicial da torcida de forma coletiva até que houvesse a identificação dos indivíduos – como exemplos, estão protestos da Camisa 12 com depredações ao Beira-Rio no ano passado, a briga em Veranópolis envolvendo membros da Guarda Popular e da Camisa 12, além da presença da Geral do Grêmio na final da Copa do Brasil com instrumentos e faixas, que não estavam permitidos naquele momento.
A partir de agora, os torcedores serão responsabilizados de forma individual. Apesar de o incidente não ter sido registrado no entorno do estádio, pode ser enquadrado no Estatuto do Torcedor por ser no deslocamento da torcida para um jogo – na terça, o Inter enfrentou o Figueirense em Florianópolis.
*ZHESPORTES