O filho do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello, é um dos auditores que julgará o Inter neste terça (13), no caso dos e-mails. O advogado brasiliense Eduardo Affonso de Farias Mello, 32 anos, integra a 5ª Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), responsável pelo caso.
A comissão é presidida pelo carioca Rodrigo Mendonça Raposo e tem como relator o advogado paulista José Marcelo Nascimento. Integram também o colegiado o brasiliense Maurício Alexandre Perna Neves e o mineiro Flávio Boson Gambogini.
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O Inter foi denunciado pela Procuradoria-Geral do STJD pelo uso de documentos adulterados no Caso Victor Ramos. Entre as penas possíveis, de acordo com o Código Disciplinar da Fifa, estão multa, proibição de contratação de jogadores e até mesmo a exclusão do clube da Série B.
Para defender a absolvição, a defesa colorada deve alegar que não tinha ciência das adulterações e que, além disso, as mudanças que foram feitas nos e-mails pelo empresário do zagueiro Victor Ramos não alteraram o conteúdo das mensagens. O clube apresentará ainda quatro perícias que contratou para analisar os e-mails.
Além do Inter, o ex-presidente Vitório Piffero também foi denunciado. A sessão está marcada para às 15h. Seja qual for a decisão, caberá recurso ao Pleno do tribunal, tanto para o Inter, como para a Procuradoria.
Relembre o Caso Victor Ramos
Desde o final do ano passado, o Inter entrou na Justiça Desportiva alegando uma irregularidade na inscrição do zagueiro Victor Ramos, que foi contratado pelo Vitória junto ao Monterrey-MEX. Como estava emprestado ao Palmeiras, os clubes fizeram a transferência diretamente no Brasil, sem passar pelos trâmites burocráticos internacionais previstos pela Fifa, segundo o clube gaúcho. Isso teria beneficiado o clube baiano a acelerar sua inscrição e ter vantagens financeiras na negociação – se o Inter conseguisse caracterizar a irregularidade, o Vitória poderia perder pontos no Brasileirão do ano passado e, assim, o Inter se manteria na Série A.
O caso não foi levado adiante pela Procuradoria do STJD e, portanto, nunca foi julgado no Brasil. Desta forma, o Inter optou por entrar com um recurso na Corte Arbitral do Esporte (CAS), na Suíça. Contudo, a instância máxima do esporte decidiu que não tinha competência para julgar o mérito da questão e encerrou o caso.
* RÁDIO GAÚCHA.