O Inter voltará a ter um encontro de Série A em 2017. Desta vez, o adversário será o Palmeiras, no Allianz Parque, pela partida de ida das oitavas de final da Copa do Brasil. Uma pedreira. O time de Cuca está reenergizado e sonha com a Libertadores e com o Brasileirão.
A Copa do Brasil surge como um trampolim para as duas outras competições, no momento em que o novo treinador começa a remontagem do seu time. Já a equipe de Antônio Carlos Zago segue invicta na temporada contra os clubes da Primeira Divisão, além de estar com o moral elevado depois de eliminar o Corinthians no torneio e de estrear com goleada na Série B.
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Zero Hora convidou os comentaristas Sérgio Xavier (Sportv), Maurício Saraiva (RBS TV), Paulo Vinícius Coelho (Fox Sports) e Leonardo Oliveira (Zero Hora) a analisarem os duelos entre os possíveis titulares de Inter e de Palmeiras para o mata-mata da Copa do Brasil.
Confira:
Placar final do mano a mano: Palmeiras 8x2 Inter (e um duelo empatado)
Daniel 0x4 Fernando Prass
Sérgio Xavier – Prass. Além da experiência, está em ótima fase. Esse confronto talvez seja a maior diferença: um goleiro sem rodagem, que quase não jogou, contra outro que está em uma das melhores fase da sua vida.
Maurício Saraiva – Prass. Por todas as razões que você possa imaginar. É um goleiro testado, maduro e vencedor. Daniel ninguém sabe ainda que resposta pode dar.
PVC – Prass. Não tem como ser diferente.
Leonardo Oliveira – Prass, em quem Daniel até pode se espelhar.
William 0x4 Jean
Sérgio Xavier – Dá Palmeiras de novo. Jean fez uma ótima estreia contra o Vasco e tem toda a confiança de Cuca. William é aquela história do cara que tem medo de arriscar porque a torcida pega no pé. A vantagem do William é que o jogo é em São Paulo e, fora de casa, ele pode arriscar mais.
Maurício Saraiva – Jean vive um momento melhor. William é superior tecnicamente, mas o Jean dá uma resposta um pouco melhor no momento.
PVC – William ainda não jogou bem na temporada.
Leonardo Oliveira – William pouco deu as caras em 2017. Jean está em ótima fase.
Léo Ortiz 0x4 Edu Dracena
Sérgio Xavier – A grande vantagem do Dracena é pelo coletivo. Ele joga em uma defesa estruturada. Léo Ortiz, não.
Maurício Saraiva – Edu, pela experiência e pela capacidade de jogar partidas desse tamanho. Ortiz ainda precisa provar.
PVC – Edu, pela experiência. Fica desigual.
Leonardo Oliveira – Edu é rodado, sabe como encarar esses jogos espinhosos. Embora, Léo Ortiz venha em ascensão.
Victor Cuesta 0x4 Yerry Mina
Sérgio Xavier – Mina é tido para muitos como o melhor zagueiro do Brasil. Cuesta vem bem. Mas voto em Mina, com alguma vantagem. Além de ter toda a defesa em volta, Mina tem uma impulsão incrível.
MS – Mina. Cuesta já passou pela seleção argentina. Mina também é de seleção (colombiana) e interessa ao Barcelona.
PVC – Mina vive um grande momento.
Leonardo Oliveira – Mais uma vez, neste Colômbia x Argentina, os compatriotas de García Márquez levam a melhor.
Uendel 3x0 Zé Roberto
Sérgio Xavier – Empate. São laterais nota 6,5. Se trocassem as camisetas, os desempenhos seriam parecidos.
Maurício Saraiva – Uendel pode dar uma resposta melhor como lateral do que Zé Roberto, que nessa temporada foi até zagueiro. Mas não tem mais a mesma intensidade.
PVC – Uendel. Zé Roberto ainda não jogou bem em 2017.
Leonardo Oliveira – Uendel, joga simples, o que não lhe tira qualidade. Zé Roberto já dá sinais de fadiga.
Rodrigo Dourado 2x2 Felipe Melo
Sérgio Xavier – Por tudo o que Felipe tem jogado e liderado o time, ele leva vantagem
Maurício Saraiva – Dourado. Embora Melo tenha muito admiradores, no conjunto, ele soma menos do que diminui. O Dourado recente merece o voto.
PVC – Felipe Melo. A torcida do Inter não morre de amores pelo Dourado.
Leonardo Oliveira – Rodrigo Dourado está no lugar certo e, por isso, tem jogado uma enormidade. Felipe Melo é sempre garantia de emoção, com a bola e sem ela.
Fabinho 0x4 Tchê Tchê
Sérgio Xavier – No começo do ano, seria Tchê Tchê de goleada. Mas ainda está tentando recuperar a forma do início da temporada. Ainda assim, Tchê Tchê com alguma vantagem.
Maurício Saraiva – Tchê Tchê é candidato até mesmo para ser analisado por Tite. Faz três funções, e bem.
PVC – Tchê Tchê tem mais vitalidade, melhor passe e chega bem à frente.
Leonardo Oliveira – Tchê-Tchê. É uma versão atualizada de Tinga. Será que Tite não está de olho nele para a convocação do dia 19?
Felipe Gutiérrez 0x4 Alejandro Guerra
Sérgio Xavier – Guerra já teve tempo para mostrar mais coisas. Gutiérrez fez apena suma partida completa.
Maurício Saraiva – Guerra. Jogou muito bem contra o Vasco e tem uma amostragem maior do que a do Gutiérrez.
PVC – Guerra, ainda. Gutiérrez foi bem contra o Londrina, mas ainda não deu tempo de analisá-lo a fundo.
Leonardo Oliveira – A amostragem de Gutiérrez ainda é diminuta. Guerra tem intensidade e sabe o que fazer com a bola.
D'Alessandro 1x2 Dudu
Sérgio Xavier – Dudu está voando. Tem capacidade de decidir todos os jogos, está em melhor momento.
Maurício Saraiva – D'Alessandro. Embora não seja mais o mesmo jogador de dois anos atrás, tem a capacidade de improviso e de controlar o time. Ainda faz a diferença.
PVC – Dudu. Porque é mais jovem, por ter sido o líder de assistências do Paulistão, e porque faz mais gols.
Leonardo Oliveira – Dudu, desde que ganhou a faixa de capitão de Cuca, em 2016, é o D'Ale do Palmeiras. Com a vantagem do vigor físico. Empate.
Marcelo Cirino 1x3 Willian
Sérgio Xavier – Willian. Cirino fez apenas um jogo. A amostragem foi pequena até aqui.
Maurício Saraiva – Willian. Ainda que não tenha se afirmado totalmente no Palmeiras, os últimos jogos dele foram muito bons. Ainda que Cirino tenha estreado bem no Inter.
PVC – Marcelo Cirino. Gostei da atuação dele contra o Londrina. Me surpreendeu.
Leonardo Oliveira – Se o Cirino for sempre o de Londrina, não haverá dúvida. Mas a questão é se ele joga tudo aquilo mesmo. Pela amostragem maior, dá o Bigode.
Nico López 2x1 Borja
Sérgio Xavier – Empate. Borja ainda está instável, errado gols e ansioso. Cuca precisou prometer a ele que não seria substituído, mesmo marcado gol, a fim de acalmá-lo. No papel, Borja é mais decisivo. Na vida real, os dois têm capacidade para decidir.
Maurício Saraiva – Borja é mais definitivo. Com a confiança que recebeu de Cuca, pode repetir os gols que fazia no Nacional de Medellín.
PVC – Borja ainda não acertou no Palmeiras. Pela temporada, fico com Nico.
Leonardo Oliveira – Borja deu as caras no fim de semana. Nico tem sido mais constante e por isso leva. Os dois foram os atacantes da última Libertadores.
*ZHESPORTES