O jogo deste sábado será a Batalha de Belém de Antônio Carlos Zago. Ele sabe que a cultura de resultados é cruel com os técnicos. Mesmo com aqueles que veem jogadores chegarem e partirem semana a semana, sem chance de montar e dar identidade a um grupo.
Depois do empate com o ABC e da perda do Gauchão, Zago precisa dar resposta rápida. E essa resposta passa, necessariamente, por trazer, no mínimo, um empate com boa atuação do Mangueirão. Se tropeçar com o Paysandu, Zago verá crescer sobre ele uma sombra preocupante que o deixará na mira justo contra o Palmeiras, o campeão brasileiro e dono do grupo de jogadores e do caixa mais portentosos do Brasil.
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Zago precisa fazer com que seu Inter jogue em Belém sem correr riscos. O esquema com Pottker, Nico e Cirino seria adequado para a estratégia de explorar espaços do Paysandu. Como sua torcida deve lotar o Mangueirão e há um clima de euforia com o jogo em Belém, é de se esperar que os paraenses saiam para o jogo, partam para cima.
Com a velocidade de Pottker e Cirino, isso é um convite. Só que o empate com o ABC e as vaias acuaram Zago. A torcida, que pediu os três atacantes, viu neles a razão para o crescimento do rival e o resultado.
Por isso, aposto que o técnico será conservador em sua escalação. Apostará em Roberson, seu jogador de confiança, que normalmente dá uma resposta razoável. A pressão depois do 1 a 1 no Beira-Rio inibe o técnico. O que é uma pena e um risco. Se não souber lidar com essa pequena instabilidade, o risco de criar problemas para si aumentam.