O empate do Inter com o ABC deixou uma péssima impressão no ar. Principalmente sobre as possibilidades desse time com Antônio Carlos Zago. Está bem. Desde que o técnico assumiu o clube 76 jogadores jogadores já passaram pelo elenco profissional. Quarenta e dois deles já deixaram o clube. Pelo menos outros dois estão de saída: William e Ernando.
Não se forma time assim, você dirá. E tem razão. É preciso dar (mais) tempo ao treinador. E aqui está o problema. Tempo não há. Zago já perdeu o Gauchão para o Novo Hamburgo e, depois disso, goleou o Londrina, mas caiu para o ABC (sim, caiu, porque empatar em casa com o ABC é quase uma derrota).
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E a sequência que se avizinha nos próximos 24 dias é dura demais para uma equipe instável: Paysandu, Palmeiras, Juventude, Figueirense, Náutico, América-MG, Santa Cruz e Paraná. Quase todos com histórico recente positivo contra o Inter. Portanto, todo o cuidado é pouco – no ano passado, por exemplo, o Inter sofreu derrotas para Palmeiras, Figueirense, América-MG e Santa Cruz; no Gauchão/2017, perdeu para o Juventude.
Com os aportes dos Danilos, Fernandes e Silva, mais Eduardo Sasha, Carlinhos e com Pottker mais ambientado ao time, Zago precisa fazer o seu Inter jogar. A torcida já se mostrou impaciente e ficar (ao menos) no G-4 da Série B não é um projeto, é uma obrigação. A lembrar: o Inter abre a terceira rodada na sexta colocação.
*ZHESPORTES