O Inter de Antônio Carlos Zago mostrou uma cara de time. Nem tanto pela vantagem construída com 3 a 1 no Cruzeiro, que esteve ameaçada em boa parte do jogo ou pelo sinal de recuperação dado por Valdívia. Mas pelos movimentos em campo, pela qualidade acrescentada com a chegada de Edenílson e a volta de Carlinhos, que empurra Uendel para o meio-campo.
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Ao contar com os dois volantes de saída, Zago conseguiu implementar em seu time jogadas tramadas pelos lados em um trio sempre completado por D'Alessandro – e isso explica por que saiu de campo extenuado. Na direita, ele completa um tripé com William e Edenílson, que jogou com naturalidade de quem conhece o ambiente. Pela esquerda, D'Ale completou trio com Uendel e Carlinhos.
Todos os movimentos deles são feitos para a frente e voltados para servir Brenner. E aqui está uma ressalva. O Inter de Zago, em estágio inicial ainda de mecânica de jogo, ainda carece de um cardápio maior de jogadas que não seja buscar sempre seu centroavante. O que também está longe de ser condenável, já que Brenner ostenta a marca de 13 gols em 12 jogos.
O Inter ainda precisa cumprir um bom percurso para chegar ao estágio ideal. Mas o jogo contra o Cruzeiro, um dos times mais organizados do Gauchão, mostrou um grande avanço. Nem parecia o time de uma semana atrás, nervoso e desencontrado.