Nico López fala. E isso já é motivo de surpresa diante da sua timidez. Mas ele fala e, mais do que isso, sabe o que está dizendo. O uruguaio, depois de quase um ano no Inter, já mostra no campo as razões que fizeram o Inter pagar R$ 15 milhões por metade dos seus direitos. E repete essa desenvoltura fora de campo. Nesta quinta-feira, foi ele o eleito para a entrevista coletiva. Uma repórter o indagou sobre as razões para ficar de cara fechada e isolado dos demais reservas no intervalo da partida contra o São José, em Novo Hamburgo. Nico não tergiversou e mostrou maturidade e clarezas inéditas:
– Gosto de estar jogando, ficar de fora me deixa muito triste, irritado. Fiquei sozinho no banco porque estava pensando no que estava errando e no que precisava fazer para voltar ao time.
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Nico voltou na partida seguinte. E não saiu mais do time. Menos pelos gols e muito mais por se engajar na marcação e no processo coletivo do time. Ele reconheceu na entrevista que faltava fazer isso. No Nacional, o time era ele e mais 10. Demorou a descobrir que aqui ele é um dos 10. A partir do momento em que se deu conta, não saiu mais do time. E está muito perto de repetir o que fazia nos melhores momentos no Uruguai.