Encarar o Corinthians em Itaquera sem D'Alessandro é um rombo na ambição do Inter de seguir na Copa do Brasil. O argentino é mais do que a referência técnica do time. É a mão que segura um time ainda instável por estar em formação. É para ele que os jogadores mais jovens olham quando a situação começa a ficar enevoada – e com frequência ela tem ficado assim.
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A ausência de D'Alessandro está dentro do script. Aos 36 anos, era esperado que sentisse a intensidade e o acúmulo de jogos. Ainda mais que ele vai ao limite e, por vezes, além dele. No sábado, cumpriu função tática mais recuada, como um volante de saída. Antônio Carlos Zago sabe que não poderá contar com seu principal jogador em todas as jornadas. A meta agora é tentar colocá-lo em campo no domingo, em outra parada dura, contra o Caxias.
Não bastasse perder a referência, Zago também deve ficar sem Edenílson. É outra baixa significativa, pela função desempenhada em campo e por conhecer bem o ambiente criado pelo Corinthians. Improvisar William na posição é uma boa saída. Tardia, até. Poderia ter sido usada no sábado, contra o Caxias.
William no meio não é solução definitiva, claro, mas pode ser um bom paliativo para uma jornada espinhosa em São Paulo Itaquerão, em que o Inter ainda terá o recém-chegado Felipe Gutiérrez desde o início. São muitas mudanças, uma improvisação, uma cara nova e as ausências do capitão e do volante que equilibrou o time. A noite em Itaquera começa a ganhar contornos de epopeia.