Criada na temporada de 2014, a fim de dar solenidade para o início da temporada estadual, a Recopa Gaúcha terá nesta quarta-feira, no Colosso da Lagoa, em Erechim, a sua quarta edição. Assim como nas três anteriores, o Inter estará presente. Desta vez, a taça será disputada contra o Ypiranga. A Recopa reúne o campeão do Gauchão contra o vencedor da Supercopa Gaúcha. Como no ano passado o Inter ficou com os dois títulos, o Ypiranga, vice da Supercopa, será o desafiante de 2017.
– A Recopa foi criada para valorizar principalmente os clubes do Interior, que não estão acostumados como a Dupla a ganhar taças. Jogam, jogam, jogam e não ganham nada. E, assim, em jogo único, na casa do time do Interior, eles têm chances. É só ver Pelotas e Lajeadense, que já ganharam a Recopa. Estão lá, com suas taças expostas, com orgulho. É uma espécie de motivação extra para eles, que deu certo – comentou o presidente da Federação Gaúcha de Futebol.
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De lá para cá a Recopa foi um tanto desvirtuada, mas não deixou de ser marcante. Por falta de calendário, o jogo passou a ser disputado em meio ao Gauchão – e não antes do campeonato, como era o plano original. A ideia de ser a "abertura" do Campeonato Gaúcho prevaleceu somente em 2014, quando Pelotas e Inter se enfrentaram na Boca do Lobo. Com o time principal poupado, o Inter mandou a equipe B a Pelotas, treinada por Clemer, e com jovens como o goleiro Alisson, o volante Rodrigo Dourado e Aylon como titulares. Depois de sair vencendo por 2 a 0, e ter um jogador a mais em campo, o Inter levou a virada para 3 a 2.
– Todo o título é importante. Ainda mais para um clube do Interior. O Pelotas já vinha de duas conquistas, aquele jogo marcou a Tríplice Coroa (Copa Sul-Fronteira, Supercopa e Recopa). O jogo estava morto, perdido, mas descontamos, choveu muito, a torcida nos empurrou e viramos. Foi épico – recordou o ex-atacante Sandro Sotilli. – Aquela recopa ficou marcada para mim, foi minha última conquista profissional. E, para o Pelotas, foi importante porque, no Interior, você sabe que mesmo fazendo um grande Gauchão, dificilmente sairá campeão estadual. Mas, com apenas um jogo e em casa, a Recopa é um sonho possível – acrescentou Sotilli.
Em 2015, o Inter de Diego Aguirre se preparava para a Libertadores e fez da Recopa (que foi disputada também como a primeira rodada do Gauchão) a sua estreia na temporada. Jogando em Lajeado, a partida terminou empatada em 0 a 0. Como manda o regulamento, a taça é decidida nos pênaltis. E aí, os donos da casa levaram a melhor, vencendo por 3 a 1. Sasha, D'Alessandro e Fabrício erraram as cobranças coloradas.
Após duas derrotas, o Inter foi ao Passo D'Areia e conquistou nos pênaltis um dos títulos que ainda lhe faltava. Após 0 a 0 nos 90 minutos, o time de Argel Fucks venceu por 3 a 2, nas penalidades. A conquista marou também o adeus de D'Alessandro. Com direito a volta olímpica, e muito emocionado, o camisa 10 se despediu da torcida com mais um título. Ninguém poderia imaginar que aquele seria o primeiro ato de uma temporada de desacertos, que marcaria para sempre a história do Inter.
Nesta quarta-feira, às 19h30min, no Colosso da Lagoa, o Inter brigará pelo bicampeonato. Com D'Alessandro em campo novamente.
Os campeões da Recopa Gaúcha
2014 – Pelotas
2015 – Lajeadense
2016 – Inter
*ZHESPORTES