Que privilégio, para um colorado, viver nos tempos atuais. Quem tem 40 e poucos anos de idade sabe do que falo: vimos um clube gaúcho conquistar o país pela primeira vez, lutamos contra os maus resultados nas duas décadas seguintes, ganhamos a América e o Mundo no novo milênio.
E agora, se é verdade que nenhum torcedor gostaria de deixar a elite do futebol, é também um privilégio ajudar a carregar o fardo da segunda divisão. Se temos de enfrentar essa adversidade como uma espécie de compensação cármica por tantas glórias recentes, só posso agradecer a oportunidade de fazer parte da reconstrução vermelha. Que infortúnio, que azar se o Inter vivesse o seu pior momento depois da minha morte, negando-me a chance de vê-lo ressurgir.
Leia o texto do gremista Alexandre Elmi:
Gre-Nal terá seu ápice quando a Arena gritar "ão, ão, segunda divisão"
Que os rivais cantem a nossa desgraça momentânea no Gre-Nal 412. Não é o fim de nada. Para nós, os colorados mais afortunados da história, é um novo começo.