Nesta quinta-feira, os conselheiros do Inter receberão o plano orçamentário do clube para a temporada 2017. Da previsão orçamentária, montada pela gestão passada, algumas coisas foram modificadas. O déficit operacional de 2016 bateu em R$ 27,5 milhões e o investimento no futebol, para sair da Série B, é maior do que o do ano passado – o time montado no rebaixamento. Agora, a folha mensal está em R$ 7 milhões – a de 2016 custava quase R$ 1 milhão a menos.
O futebol, como um todo, contando com as categorias de base, bate quase na casa dos R$ 10 milhões mensais. Além do investimento feito para devolver o clube à Série A, na conta entra o retorno de D'Alessandro, dono do maior salário do clube, e que não estava contabilizado na temporada anterior, por ter sido emprestado ao River Plate. Coloca-se nessa conta também as contratações da temporada (quase um time inteiro): Alemão, Klaus, Neris, Victor Cuesta, Edenilson, Carlinhos, Uendel, Carlos, Roberson e a futura contratação do volante chileno Felipe Gutiérrez, em via final de acerto com o Betis.
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A principal diferença na peça estará na ausência da rubrica "Negociações de Atletas". A atual direção não vai mais contar com os R$ 60 milhões anuais, como vinha sendo feito nas últimas temporadas, e uma meta que estava ficando longe de ser cumprida. O orçamento não apresentará esses valores como previsão para a temporada. As vendas de jogadores, se ocorrerem, serão tratadas como "receitas extraordinárias".
Segundo integrantes da gestão Marcelo Medeiros, cortes de gastos foram feitos – sobretudo em áreas que não afetam diretamente o futebol –, as contas atrasadas foram colocadas em dia, e o déficit de R$ 30 milhões já foi coberto. Com os ajustes que ainda virão, o orçamento para 2018 já está sendo considerado pelos atuais dirigentes como "ideal", enquanto o atual ainda é tratado como uma espécie de remendo.
O faturamento previsto na peça do ano passado, para 2017, girava em torno de R$ 332 milhões – sendo R$ 115 milhões com cotas de televisão, R$ 60 milhões com vendas de jogadores, R$ 33 milhões com patrocínios e R$ 18 milhões com bilheterias. O novo documento apresentará valores semelhantes, porém, sem a rubrica das negociações do atletas. Assim, a previsão de faturamento do clube neste ano ficará na casa dos R$ 272 milhões.
* ZHESPORTES