Competição nova, formação diferente. O Inter estreará na Copa do Brasil testando um time com novos titulares, diante da Princesa do Solimões, às 21h45min de hoje, em Cascavel. Antônio Carlos Zago apostará em uma equipe com duas novidades: Carlinhos, como armador, e Carlos, no ataque. O meia-atacante Diego voltará a começar uma partida.
O regulamento do torneio prevê para essa primeira rodada jogo único. Assim, como o Inter é visitante, basta empatar para se classificar. Caso perca para o clube amazonense da Série D estará eliminado. O vencedor deste confronto enfrentará Friburguense-RJ ou Oeste-SP.
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Carlos virou esperança de gols. Sem o goleador do time na temporada – Nico López, com dois gols, mais uma vez fora de jogo, agora devido a desconforto muscular –, Zago preservará Roberson e mandará Carlos para o comando do ataque. No treino de ontem, o treinador postou a equipe no 4-2-3-1, tendo Carlos à frente, abastecido por Diego, D’Ale e Carlinhos.
– No Atlético joguei sempre de ponta. Gosto de jogar nessa função, mas também atuo de centroavante. Jogo onde o treinador me pedir para jogar. Prometo que, enquanto eu estiver em campo, vou dar o máximo, o meu sangue – disse o atacante, em entrevista à TV Inter.
Prata da casa da Cidade do Galo, Carlos tem 105 partidas e 21 gols pelo time profissional, em três temporadas. Pelo Inter, jogou apenas 41 minutos. Entrou aos 8 do segundo tempo, no empate em 1 a 1 com o Caxias.
– Carlos é um atacante desassombrado, acostumado a enfrentar a pressão, e que poderá deslanchar no Inter. No Atlético-MG, ele foi o destaque da sua geração na base. Mas teve dois azares ao subir: encontrou medalhões na sua posição, como Pratto, Robinho e Fred, além de contar com a natural falta de paciência dos atleticanos com a garotada – disse o colunista do jornal Estado de Minas, Fred Melo Paiva.
Para o articulista, torcedor do Atlético-MG declarado, caso Zago realmente use o atacante mais centralizado, Carlos terá a chance de voltar às origens:
– Me parece que Zago encontrou o lugar mais natural para Carlos no ataque. Esta é a função dele, ainda que no Atlético-MG ele tenha sido sempre escalado mais pelas pontas porque tem muita velocidade. Acho que pode se dar bem assim.
Apesar de preterido por conta da concorrência na posição, não era a intenção da direção liberá-lo. Há uma ideia de que suas características são diferentes às de Rafael Moura e Fred. O que pode ter prejudicado o atacante que chegou na base mineira no sub-14, segundo o auxiliar técnico da comissão permanente do Atlético-MG, Diogo Giacomini, é a mudança de esquema.
– Não queríamos que ele saísse porque, apesar de entendermos que ele precisa jogar perto do gol, Carlos é diferente de Moura e Fred. Ele foi o maior artilheiro das categorias de base do Atlético-MG. Porém, na época, se jogava muito no 4-2-2, sempre com dois atacantes. Quando ele subiu ao profissional em 2014, passou a ser jogar no 4-2-3-1, e acho que a adaptação dele neste sistema não foi a ideal. A característica dele é jogar próximo ao gol, tem muita força, agilidade – diz Giacomini.
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