Algumas "figurinhas carimbadas" foram protagonistas da briga entre colorados durante Veranópolis x Inter, na estreia do Gauchão. Entre os identificados no tumulto, que pode custar ao clube até 10 mandos de campo no julgamento de no Tribunal de Justiça Desportiva, estão três torcedores com envolvimento em outras confusões.
O Juizado do Torcedor determinou que eles terão de usar tornozeleiras eletrônicas e permanecer longe dos estádios em dias de jogos do Inter.
Leia mais
Inter pode perder até 10 mandos de campo em julgamento nesta quinta-feira
Os motivos prosaicos que fizeram estourar a briga
Vice do Inter nega distribuição de bilhetes para organizadas
Maicon do Carmo da Cunha, o Japa, da Popular, aparece agredindo outros colorados na confusão na Serra. Em uma das imagens, desfere um soco no rosto de um desafeto. Uma cena semelhante às que protagonizou no fim de 2015, antes de um Gre-Nal no Beira-Rio.
Na ocasião, Popular e Camisa 12, as mesmas organizadas envolvidas na briga no Antônio David Farina, entraram em confronto. Por conta de sua participação na baderna, Japa foi denunciado por tumulto e roubo. As câmeras de segurança o flagraram dando socos e pontapés (alguns pelas costas dos agredidos). Em outro momento da mesma confusão, juntou-se a um grupo que derrubou e agrediu no chão um torcedor, antes de levar seu boné – o que motivou a denúncia por roubo. À época, Japa teve de cumprir medida cautelar que determinava seu comparecimento à delegacia em dias de jogos do Inter. Após o fim da sanção, porém, voltou aos estádios.
Bruno dos Santos Fagundes, da Camisa 12, foi mostrado em vários momentos em Veranópolis. Além de ter participado da confusão, foi um dos torcedores que ficou perto do alambrado quando D'Alessandro se aproximou das arquibancadas para tentar acalmar os ânimos. Antes de ser um dos personagens do tumulto na estreia do Gauchão, Bruno se envolveu em um dos vários momentos de descontrole do pós-jogo de Inter x Corinthians, no Beira-Rio, no ano passado. Após a partida, descontentes com a derrota colorada, torcedores quebraram vidros do estádio e invadiram o gramado.
Após essa confusão ter sido controlada, outro confronto eclodiu e houve intervenção da Brigada Militar. Neste momento, Bruno é mostrado arremessando uma pedra de tamanho considerável na direção da polícia. O ato lhe custou a mesma sanção dada a Japa – uma medida cautelar que o obrigava a comparecer a uma delegacia em partidas do Inter.
Jeverton Luis da Rosa Pereira, da Popular, também foi alvo de uma cautelar semelhante em 2015, mas a descumpriu. Envolvido em uma briga durante Inter x Emelec, em jogo pela Copa Libertadores, Jeverton não se apresentou à polícia, como deveria por conta de sua participação no tumulto. Por isso, teve de passar um longo período de tornozeleira eletrônica.
No jogo contra os equatorianos, um torcedor, que estava acompanhado do filho, não conseguia assistir ao jogo porque tinha a visão obstruída pelas bandeiras agitadas no setor onde fica a organizada. Pediu, então, que as bandeiras fossem abaixadas, o que gerou indignação entre um grupo que se juntou para agredir a ele e seu filho. Jeverton estava lá, assim como esteve no Antônio David Farina a distribuir agressões em meio ao tumulto. Agora, terá de instalar o monitoramento pela segunda vez.
ZH procurou Jeverton e Bruno, mas não teve sucesso. O contato de Japa não foi localizado.
* ZH Esportes