Nesta quarta-feira, o Inter se reapresentará tendo em D'Alessandro o seu grande nome para a temporada. De reforços, apenas o atacante Roberson foi contratado, após ter o seu contrato com o Juventude encerrado. Outros reforços que estão perto do Beira-Rio são os zagueiros Neris (que disputou o Brasileirão pelo Santa Cruz, mas pertence ao Barra-SC) e Klaus (Juventude), mas são nomes que não empolgam o torcedor.
Estão de saída, por empréstimo, o goleiro Jacsson, o zagueiro Alan Costa e o lateral-esquerdo Geferson. Os atacantes Marquinhos e Ariel também têm boas chances de deixar o Beira-Rio – o problema é encontrar clube que banque o salário. A maior perda poderá ser o lateral William. O jogador tem contrato até 2018, mas não se mostrou interessado em renovar, e a tendência é de que seja vendido nos próximos dias para um clube europeu por 6 milhões de euros (R$ 20,2 milhões).
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A verba com a transferência ajudaria o clube a trazer mais reforços. O Inter, inclusive, montou um sistema para buscá-los. Antes de ir atrás de laterais (para ambos os lados), zagueiros e atacantes, a direção de futebol se reúne com o técnico Antônio Carlos Zago mais a equipe de analistas de desempenho a fim de buscar melhores opções no mercado.
No caso colorado, além da falta de dinheiro, há o desgaste à imagem do clube. Alguns jogadores que foram procurados preferiram não assinar. Por isso, é provável que as contratações para a largada do ano sejam bem pontuais e ainda levem um tempo para que sejam apresentadas.
– Já mapeamos o mercado regional, nacional, continental e do Exterior como um todo, especialmente onde há jogadores brasileiros e sul-americanos. Temos um planejamento para qualificar o nosso elenco. O torcedor está ansioso, mas traremos nomes que agregarão ao time e darão os resultados que o clube precisa – comentou o vice de futebol Roberto Melo, em uma de suas primeiras manifestações após tomar posse.
Na prática, só Palmeiras e Flamengo têm sido "players" nesse mercado de especulações e de contratações. Todos os outros, incluindo a dupla Gre-Nal, parecem aguardar por negócios de ocasião ou tentam obter o suporte de investidores.
– Isso está ocorrendo porque o dinheiro está curto, os clubes estão se reorganizando, mas têm dívidas grandes e antigas. A saída era apelar para os investidores, porém, eles não podem mais contratar. Só se emprestarem dinheiro para os clubes. Isso afugentou esses investidores. Todos os clubes querem jogadores livres ou partir para o troca-troca – comentou o empresário Fernando Otto, ao analisar a falta de reforços entre os grandes clubes brasileiros neste início de temporada.
*ZHESPORTES