Em meio à briga de torcedores do Inter no jogo contra o Veranópolis, uma cena chamou a atenção: D'Alessandro e Ceará, os dois jogadores mais experientes do grupo colorado, conversaram com integrantes da Guarda Popular e da Camisa 12 no alambrado do Antônio David Farina. Foi uma tentativa de aplacar a confusão, de acordo com o lateral-direito: em entrevista ao Estúdio Gaúcha desta segunda-feira, ele explicou a sua reação em meio ao tumulto na arquibancada.
– A gente foi surpreendido pelas discussões e brigas. Eu e o D'Alessandro tentamos chegar ao alambrado para acalmar os torcedores, porque a briga estava prejudicando o andamento do jogo e podia prejudicar a instituição. É difícil acalmar os ânimos dos envolvidos, uma vez que alguns já tinham sido atingidos e queriam revidar. Mas não dá para tirar conclusões (do que houve). Não conseguimos (interromper a briga) com o diálogo, e a polícia teve de interferir – disse Ceará.
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O veterano também falou sobre o desempenho colorado no empate em 1 a 1. Mesmo sem a vitória – o Inter ainda não ganhou em 2017, após dois jogos-treino e uma partida oficial –, Ceará disse que viu o time evoluir em relação ao que foi apresentado contra Tubarão e Inter de Lages.
– A equipe não teve tempo hábil para se preparar, tanto técnica quanto taticamente. Ao meu ver foi um bom rendimento coletivo, todo mundo se doou. A gente sempre espera um resultado positivo, mas infelizmente ela não veio. Tentamos construir, marcamos um gol, mas não sustentamos por muito tempo o resultado. Não foi o que nós esperávamos, mas o rendimento da equipe está dentro do esperado. Não nos contentamos com o empate e nem com os resultados negativos. Temos que pensar na nossa realidade, no momento de reconstrução: voltar para a Série A, colocar o Inter onde deve estar, e isso vai ser uma construção contínua. Vai ser jogo a jogo, passo a passo.
Ceará também falou sobre a situação de William: o jovem lateral segue treinando em separado enquanto aguarda por uma proposta do futebol europeu, após não aceitar a renovação de contrato. No entanto, a janela de negociações com o velho continente se encerra nesta terça-feira, e ainda não houve um acordo para sua saída.
– Nós conversamos, mas não foi nada voltado a um conselho para mudança de escolha ou de decisão. Na verdade, quando soube da situação, foi através da imprensa. Depois nos vimos no vestiário algumas vezes, perguntei o andamento das coisas, e fica sempre aquela incógnita. Ele tem pessoas que o orientam, cuidam da sua carreira. Se ele ou alguém viesse pedir um conselho, a gente podia dar um parecer. Depois, fica difícil. Mas é um excelente jogador, que poderia fazer uma história excelente aqui. Tomara que tenha a transferência, senão, que a torcida saiba recebê-lo, pois é um grande jogador – finalizou.
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