A madrugada colorada no Rio de Janeiro foi silenciosa e o amanhecer, mormacento. A temperatura na capital carioca desde cedo superou a casa dos 30°C. Em Mesquita, local da partida contra o Fluminense, um dos jogos que decidirão o futuro imediato do clube, faz ainda mais calor.
No acanhado Estádio Giulite Coutinho, não será surpresa se o Inter tiver um número maior de torcedores do que o Fluminense. Além dos 13 ônibus que partiram de Porto Alegre, há os colorados que moram no Rio e arredores. Ainda que o Fluminense pareça contar com boa parte da torcida brasileira neste jogo, há baixíssimo interesse carioca na partida. O sol e a praia são bem mais convidativos.
O jornal O Globo destaca em sua capa de esportes: “Ameaça Gigante”. A matéria é sobre Flu e Inter – com foto de Nico López disputando uma jogada com o zagueiro Gum. A matéria é sobre o possível rebaixamento inédito dos colorados. A queda de um clube, em todos os sentidos. O texto ainda lembra que, se for rebaixado, o Inter deixará o seleto grupo daqueles clubes que sempre jogaram a Série A: ele, Inter, mais São Paulo, Flamengo, Santos e Cruzeiro; além de lembrar aqueles que já foram rebaixados, como o próprio Fluminense, Botafogo, Grêmio, Atlético-MG, Palmeiras, Corinthians e Vasco.
Mas o Inter ainda tem esperanças. O bicho extra do Inter para que o Figueirense não perca para o Sport - resultado que combinado à vitória colorada sobre o Flu salvará o clube do descenso – já bateria batido na casa dos R$ 3 milhões. Nem todos perdem com um (possível) rebaixamento. Seijas se apresentou ao elenco ainda no sábado. Está suspenso, mas desembarcou no Hotel Windsor a fim de dar força aos companheiros. Sasha (que alegadamente está contundido), Geferson e Artur, esses dois dito abertamente sem condições emocionais para a decisão, já estão todos em férias e não vieram ao Rio de Janeiro.
O futuro em vermelho começará a ser escrito às 17h, no Estáido Giulite Coutinho, na cidade de Mesquita, o campo do America.
