Conversei com o diretor-executivo do Flamengo, Rodrigo Caetano, para um texto que publicarei na edição de fim de semana sobre o Flamengo e o salto que se prepara dar a partir da próxima temporada. No final da entrevista, indaguei-o sobre o interesse do Inter em Marcelo Cirino. Caetano está em férias com a família no Exterior, mas não desliga o celular e se mantém ativo nas mudanças do grupo. Segundo ele, há uma negociação. Incipiente ainda, mas já entabulada. Cirino quer deixar o Flamengo.
O ar e as distrações do Rio não lhe fizeram bem. Deseja sair para aprumar uma carreira que se apresentava promissora até deixar o Atlético-PR. O grande desafio do Inter é fechar todas as pontas envolvidas no negócio. O grupo investidor Doyen Sports é dono de 50%, e o Atlético-PR, da outra metade.
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O Flamengo tem interesse em valorizar Cirino. Tem interesse e pressa. A equação do negócio é complicada. Em dezembro de 2014, a Doyen pagou
R$ 13 milhões ao Atlético-PR pelos 50% dos direitos e o repassou ao clube carioca. Cirino assinou por três anos. A cada temporada, a dívida com o Doyen tem correção de 10%.
O Flamengo, portanto, tem até o final de 2017 para vendê-lo e quitar seu débito com o grupo investidor – caso tenha êxito na empreitada, 80% do valor é repassado ao grupo investidor, desde é claro que salde o valor da dívida. Se não conseguir negociar o atacante, ao final de 2017 o Flamengo terá de sentar com o Doyen e acertar uma forma de pagamento, já que Cirino voltará a ser do Atlético-PR, com quem tem contrato até o final de 2019.